Thursday, December 29, 2011

2012, a chegar...

Perto do final de 2011, é tempo de reflexão sobre os projectos imediatos, um ritual habitual de todos os anos.

O que não quero para 2012
- ouvir discursos “vazios de ideias” e “cheios de nada”...
- que os níveis de pobreza em Portugal decresçam na mesma proporção da imbecilidade política do actual Governo...
- não ser nacionalizada pela China, embora reconheça que as hipóteses são grandes...
- que a Angela Merkel continue a achar que a Europa é de nacionalidade Alemã...
- que o Sarkozy não desça as escadas do Eliseu sem que, pelo menos uma vez, tropece nos saltos dos sapatos...

O que mais desejo para 2012
- estar um pouquinho mais com a minha filha ...
- viver em paz com a minha consciência e bem comigo própria...
- algum dinheiro extra no bolso para poder continuar a gastar..., em Cinema, Teatro, Concertos...
- manter-me fiel às minhas relações de Amor e Amizade...
- continuar a praticar Ashtanga Yoga...
- saúde e boa disposição...

Bom Ano 2012 para todos nós!

Beijos,
da Princesa!

Thursday, December 22, 2011

And next year? Quais os desafios do Poder? SERMOS EMIGRANTES!

Pois é malta..., o 2012 avisinha-se crítico mas..., eu mantenho a fé na capacidade de trabalho que temos, na forma veloz como nos adaptamos, facilmente, ao bom e ao menos bom..., na grande vontade de vencer, na fúria de melhorar sempre e de conseguir, sempre, mais e mais!
Infelizmente, o nosso "Primeiro Ministro", Passos Coelho, assim não pensa, já que reduz a nossa capacidade de sucesso à busca de emprego fora de Portugal, em países da Lusofonia..., eheheh! Que burro e que falta de ética no discurso "político"!
Sr. Primeiro, por mim, o convite de emigrar devolvo-lho ASAP, como prenda de Natal! Emigre por favor! É um favor que faz a todos os Portugueses!
E digo mais: "dos FRACOS não reza a História!"
Se fizerem uma petição pública para comprar o seu bilhete, para ficar longe, longe..., África ou Brasil tanto faz, assumo aqui ublicamente e desde já, que 50% das despesas de voo ficam a meu cargo.
E digo mais, quase aposto a vida que entre os outros 9 milhões de Portugueses arranjamos voluntários para pagar os restantes 50% do voo de ida (sem volta) e ainda mais 6 meses de Subsidio de Desemprego, como brinde, até que consiga convencer alguma Empresa Lusófona a dar-lhe trabalho...
Que, no mínimo, tenha um Natal reflexivo, é o que esta cidadã Portuguesa (com muito orgulho em o ser e em trabalhar no Continente, contribuindo para a riqueza interna do País com os impostos que lhe cobram) lhe deseja!!!
Um Natal "mais ou menos" para si, já que não tenho fígados para ser demasiado cáustica nem desejar infelicidade a ninguém!

Beijos,
da Princesa!

Wednesday, December 21, 2011

Todos os dias me surpreendo... A VIDA É BELA!!!!!

Uma das grandes maravilhas de estar viva e com saúde (I think...) é a capacidade que tenho de me surpreender, todos os dias, com as coisas mais banais do Mundo.
Nesta época Natalícia 2011 percebi, especialmente, que muitos dos que me rodeiam apreciam, verdadeiramente, a capacidade que tenho de me relacionar, facilmente, com quase toda a gente e que já sou "quase" mundialmente conhecida pelos postais de Natais que escolho enviar, todos os anos!
Este Natal foi a canção dos "Marretas"!
Desde a filhota, aos amigos e amigas, a colegas, a clientes (yes! podem não acreditar mas é verdade..., enviei esta canção e as reações foram muito engraçadas).
Em vez de escolher o postalinho institucional da empresa onde trabalho, apostei na personalização da mensagem (inspirada pela partilha no FB do meu amigo Molina) e no bom humor Natalício de personagens animadas que sempre adorei... e, vou continuar a adorar "for ever and ever": "The Muppets"!
Recebi comentários muito engraçados e ternurentos (mesmo dos clientes) que, muito sinceramente, não esperava... Nice..., really nice!
Boas Festas... Malta!

I LOVE XMAS! Hope you too... (nem que seja pelo meu contágio à força, verdade miguita AC?)

Beijos,
da Princesa!

http://www.youtube.com/watch?v=ysIzPF3BfpQ&feature=youtu.be

Thursday, December 15, 2011

"A EDP a quem der mais..." (André Macedo, JN, 15 Dez 2011)

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=2186033&seccao=Andr%E9Macedo

“A EDP a quem der mais”, publicado hoje no jornal DN, é um artigo de opinião interessante e que convida à reflexão. O enquadramento da questão não é tendencioso e o artigo revela um tom esclarecedor, que nos convida a pensar.
Este tipo de abordagem temática é coisa que, infelizmente, rareia nos Media da actualidade, que nos fustigam até à exaustão com notícias sem qualquer interesse. São comuns os autores pouco informados sobre os temas que abordam e, mais grave ainda, muitos deles demonstram uma ausência de conhecimento da própria língua.
A aposta sistemática na ideia “Good News..., no News..” ou, na exposição de mesquinhices das vidas privadas do(a)s “mais badalados”, como por exemplo anunciar numa capa de revista que as botas da Moura Guedes custaram mil e não sei quantos euros, são métodos que nos convidam, cada vez mais, a estar pouco despertos para captar a mensagem que nos tentam transmitir.
Felizmente, as excepções vão-se mantendo e há quem se interesse por ler um bom artigo de opinião, com um mínimo de isenção.
Leiam...

Beijos,
Da Princesa!

Thursday, December 08, 2011

Uma menina no México...

Esta é a história de uma menina Portuguesa, cuja paixão pelas artes e pelas viagens acabou por influenciar, de forma marcante, o rumo da sua vida. Vive, actualmente, no México, no Estado de Chiapas, onde encontrou o seu lugar no Mundo e um ponto de referência que tem dado espaço à sua arte e à sua imaginação.
Aqui ficam alguns momentos do seu percurso, que nos dão a conhecer um pouco da sua história. Ora vamos lá …
Tudo começou há trinta e quatro anos quando eu, uma jovem mãe de vinte, me confrontei com a expectativa do primeiro filho, perguntando a mim mesma se seria menino ou menina. Na altura só se faziam ecografias durante a gravidez se algo corresse mal, como o contacto com doenças infecto-contagiosas ou, se existissem antecedentes familiares genéticos que implicassem risco de deficiência ou má formação do feto. Como não me encontrava em nenhuma destas situações, não soube o sexo do meu bébé, até à data do seu nascimento.
Tudo começou a 29 de Julho de 1978, cerca das dez horas da manhã, quando senti as primeiras contrações. Após doze longas horas de trabalho de parto, às dez da noite em ponto, anunciadas pelas badaladas do relógio do Largo do Caldas, em Lisboa, nasceu a minha linda Vanessa, uma rapariga tranquila e sem pressas.
A sua vontade de chorar, comum aos recem chegados a este Mundo, não era muita, pois vinha muito cansada com o esforço que fez para nascer. De imediato, levaram-na para aspirar e dar oxigénio pois mal respirava.
No meio da confusão, ouvi a voz da enfermeira que a levou a correr, gritar: É uma menina!’
Eu, também cansada e atordoada, felizmente não me apercebi do perigo que a minha menina correu. Passado algum tempo, não terá sido muito, trouxeram-na para junto de mim.
- Que linda! Pensei.
Vestia um coeirinho de cambraia azul clara, salpicada com flores brancas e rosa que a Laida (a sua futura ama) lhe tinha feito, durante a minha gravidez. Rosadinha, com o cabelito castanho escuro, muito penteadinho, tinha um olhar suave e muito atento.
De tanto a puxarem para o Mundo do lado de cá, ficou com "cabecita de melão". Bom, nada de preocupante pois a cabecita retomou a sua forma natural, passados um ou dois dias.
Pousaram-na sobre a minha barriga ainda dorida e..., lá ficou a ela muito calma, a olhar para a mim com se dissesse:
- Olá mãe! Finalmente, conheço o teu sorriso.
Tanta tranquilidade, leva-me a pensar que se calhar já sonhava com o yoga, com as artes e as aventuras da vida...
Desde pequenina, mesmo antes de começar a andar, a Vanessa adorava ficar junto a mim na cozinha, enquanto eu preparava as refeições. Sentada no chão, sobre uma grande e fofa manta de retalhos, ficava rodeada dos livros e das revistas que eu ali colocava.
Curiosamente, em vez de amassar as folhas para escutar o barulho do papel entre as mãos, tendência habitual dos bébés grandotes, passavas-as uma a uma, com muito cuidado, olhando atentamente as imagens. Ao mesmo tempo, contava em voz alta as histórias que as imagens lhe inspiravam.
- Mã! Mã! Chamava-me ela, ao mesmo tempo que me tocava nas pernas, tentando captar a minha atenção.
- A nina do vestido marelo leva o gatinho banco no colinho. Ela vai ao dôtô com o miau para ele levar a pica no báço, igual a mim, não é mã? Ai, ai, ai, … tadinho! Ponto, ponto, miau. Não chóia tábém? Não chóia mais. Eu dou uns jinhos no dó-dói do miau e passa logo. Faço igual como a mã faz no dó-dói do meu báço, tábem miau quido?
E com as pequenas mãos coladas à boca mandava muitos beijinhos e soprava, soprava com quanta força tinha, na direcção da imagem do gato. Ao mesmo tempo cobria de festas a revista ou o livro tentando aliviar a dor do pobre bichano.
E lá ia ela mudando as páginas, uma após a outra, contando histórias e histórias sem fim, até à hora do jantar.
Ler foi sempre uma das suas grandes paixões, diga-se de passagem muito incentivada por “moi même”. Raro era o dia em que não lhe contava ou lhe lia uma nova história. Antes de ela dormir, repetia-lhe, vezes sem conta, que um dia ela seria capaz de ler sozinha.
- Então que história queres ouvir hoje?
- Aquela do menino que vai brincar com o coelhinho.
- Era uma vez, um menino que tinha um lindo coelhinho branco. O coelhinho e o menino iam sempre brincar às escondidas para o jardim. Um dia…
- Mã pára, pára! Não é assim! O coelhinho e o menino iam sempre brincar à cabra-cega, não era às escondidas. Não te lembras mã?
- Pois é minha filha, tens razão! Iam brincar à cabra-cega. Um dia …, e lá continuava eu até que o soninho se enroscasse na minha Vanessa e vencesse a sua curiosidade pelo desfexo da história.
Já com seis anitos, chegou o momento em que orgulhosa me leu, pela primeira, uma pequena frase.
- Mã! Mã! Já sei ler. Queres ver? Queres ver? Muito feliz com a conquista, segurou o livro que tinha entre as mãos e leu, devagar:
- Cá … vamos … nós! Era um livrinho do Snoopy!
Apanhada de surpresa, fique ali especada a saborear a alegria que a invadiu. A emoção foi tão forte que fiquei colada ao chão. De repente, corri para ela e cobri-a de beijos.
- Minha querida filha, estou muito feliz! Eu não te dizia? Agora já podes ler as histórias que tu quiseres.
Para além da leitura, também o desenho, desde muito cedo, fez parte dos encantos da sua vida. Horas e horas a fio com umas folhas de papel, lápis de cor, tintas e pincéis... e, o tempo, para ela, não tinha tempo. O amor pelas artes já se desenhava e veio mais tarde a influenciar as suas escolhas académicas, com destaque para as artes plásticas.
Atravessou os primeiros anos de escola muito feliz. Querida pelos coleguinhas do colégio, era sempre chamada a participar nas brincadeiras. A sua criatividade e a sua solidariedade eram grandes.
O espírito empreendedor e o gosto pelas actividades de grupo (trabalhar em projectos da turma, projectos da escola, …) começavam então a tomar forma.
Relato em seguida dois episódios muito engraçados reveladores de um carácter muito especial, que a acompanha, ainda hoje.
O primeiro tem a ver com uma reguada colectiva dada na Escola Primária. Ninguém se acusou quanto à autoria de uma partida feita ao professor Calapês e levaram todos, mesmo a Vanessa, uma das alunas mais adoradas. Mais tarde, um pouco comprometido, o professor pediu-me desculpa sobre o sucedido. Para seu grande espanto, eu desconhecia o facto. Quase todos os pais o tinham abordado demonstrando o seu desagrado, o que indiciava que a maioria das crianças se tinha queixado em casa. Quando perguntei à Vanessa a razão pela qual nada dissera, encolheu os ombros e disse:
- Mã! Ele tinha razão para estar tão zangado. E ficou-se por ali, sem mais explicações.
O outro episódio passou-se já na Escola Secundária, quando trabalhou arduamente na organização de um leilão de trabalhos dos alunos da área de Artes, destinado a recolher fundos para a viagem de finalistas a Barcelona.
Graças a uma série de iniciativas em que colaborou, sempre de forma muito activa, pedindo aqui e além ajudas extra escolares (os rissóis que a avó fez para vender no bar da escola, a bola de futebol assinada pelos jogadores do Sporting que foi leiloada num fim de semana na Taverna dos Trovadores, em Sintra) conseguiu arranjar um bom dinheiro para turma. Cerca de dez viagens foram pagas face à sua determinação. Em nenhum momento a vi assumir aquela vitória, de um terço das viagens da turma. Irem todos foi, de facto, o mais importante para ela e, também, o que sempre lhe moveu a vontade.
Mais tarde, já na Faculdade, não resistiu ao envolvimento activo no movimento estudantil. Seis meses após a sua entrada na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, iniciou as primeiras actividades na Associação de Estudantes, onde permaneceu até ao final da Licenciatura, em Escultura.
No meio de todas estas andanças, o gosto pelas viagens também se foi enraizando. Saiu pela primeira vez de Portugal em 1992, com destino a Barcelona (visita de grupo à Expo 92). Tinha então catorze anos e, a partir daí, nunca mais parou.
Todo o dinheirinho extra que juntava, entre o que sobrava das mesadas que lhe dava e o que ganhava nos projectos de trabalho em que participava, era gasto em livros, CDs, espectáculos e viagens (Barcelona, Galiza, Bilbau, Paris, Viena d’ Áustria, …).
O Programa de Intercâmbio Universitário “Erasmus” proporcionou-lhe a estadia na Grécia, na Faculdade de Belas Artes de Atenas. Viajou e conheceu tudo o que pode, naqueles cinco meses e ainda trouxe um dezoito, prémio do barco que construiu, na classe de escultura de pedra.
O talento nas Artes Plásticas, com forte especialização na Cerâmica (muito em especial com o trabalho em Terracota) cresceu com ela, à medida que foi aperfeiçoando as técnicas e solidificando os conhecimentos adquiridos nos cinco anos de Faculdade e, com a experiência ganha nos diferentes projectos de trabalho em que participou.
Da clausura de alguns meses em que viveu e trabalhou em Montemor-o-Novo, no ano de 2003, vem a nascer a sua grande peça de escultura: O Tapete Voador!
Trinta metros de Suor, trinta metros de Talento e Alma, trinta metros de Paixão pela Arte, trinta metros de Sonhos, trinta metros de um puzzle de ladrilhos, entrelaçado em fios de Amor. A mais grandiosa peça que até hoje expôs.
Lembro-me que então se virou para mim e disse, orgulhosa e feliz:
- Mã… esta é a minha grande obra. Esta é “A Obra”.
Em 2004, a sua paixão pelas artes acabou por levá-la para fora de Portugal. Viajou para o México, onde permanece até hoje. Já lá vão sete anos!
Levou-a uma bolsa da UNESCO que premiou um projecto de trabalho, ao qual se candidatou na área das Artes Plásticas e, lá foi ela a caminho do Sul do México onde realzou a sua primeira exposição individual de escultura, na cidade de Mérida. Inspirada no lugar onde residiu três meses (aldeia de Cholul), projectou e construiu essa mesma aldeia em miniatura, com a traça das casas, retratando em simultâneo os hábitos das gentes locais.
Na sala da exposição, naquela noite quente de final de Primavera, as pequenas lâmpadas que atravessavam as portas e janelas das casas e da igreja da aldeia faziam lembrar um presépio gigante iluminado, com luzinhas verdes, azuis, vermelhas, amarelas, roxas, laranja...
Emocionada...., disse-lhe:
- Que lindo filha! Parece uma aldeia encantada.
- Até dá vontade de brincar com as casas, com os bonecos, com os bichos, … não é mã?
E, mais uma vez a vi sorrir, feliz.
Para as crianças que um dia venham a ler ou ouvir contar esta história, é difícil imaginar o que as mães sentem ao ver o seu bébé crescer, crescer, crescer sem parar... e, virar gente grande. Ainda há bem pouco estava ao meu colinho e agora, já é tão grande, com asas para voar.
Bom…, fora com os pensamentos tristes e voltemos à grande aventura da minha querida Vanessa, em terras Mexicanas.
Acabado o trabalho na Fundação de Cholul, mochila às costas e toca a viajar por esse México imenso. Subiu em direcção ao Estado de Chiapas e chegou a San Cristobal de Las Casas, uma pequena cidade colonial que conquistou o seu coração.
As gentes, o lugar, a simplicidade de vida, um amor mexicano e as oportunidades que se lhe abriram no campo das artes e noutras áreas afins, acabaram por a prender aquele lugar.
Está a terminar o Curso de Artes Profissionais de Confecção de Moda, trabalhou como professora de Artes Plásticas num Colégio do Secundário, é mestra de Ashtanga Yoga e dá aulas de Desenho. Como complemento destas actividades mais fixas, orienta Workshops de iniciação à língua Espanhola, frequentados por alunos estrangeiros, recém chegados às Faculdades da cidade. Para além disso, muitas outras coisas têm ainda lugar nas suas paixões de vida, entre as quais o Shiatsu, em que se está a especializar e as acções de voluntariado em que se envolve, com gosto.
Esta história foi pensada em homenagem à sua coragem, à garra e à determinação que colocou na busca do seu sentido de vida e da sua felicidade.
Mesmo com trinta e três anos de idade, será sempre a eterna menina da sua mãe.
- Vanessa… apesar da distância e do mar que nos separa, estás e estarás sempre no meu coração e no meu pensamento.
Esta é a minha prenda de Natal para ti e, também, uma forma de declarar publicamente, neste Dia da Mãe, o Amor que te tenho.
- Que sejas feliz, sempre!
E muito ficou, ainda, por contar…

Beijos,
da Princesa!





PS: Esta é uma ideia que iniciei em Julho de 2007 e que completei hoje! :)

Monday, December 05, 2011

A Dangerous Method (2011 - David Cronemberg)

O mais recente filme de David Cronenberg, com um elenco principal dividido entre Viggo Mortensen (Freud), Michael Fassbender (Jung), Keira Knightley (Sabina) and Vincent Cassel (Otto).
Interessante a abordagem do método Freudiano, assente numa relação permanente com uma causa (sexo) que produz um determinado efeito na mente e no comportamento, seja ele qual fôr.
Um especial destaque para a personagem de Sabina, interpretada por Keira Knightley, de forma brilhante embora, os restantes actores principais se revelem discretos mas, excelentes nos seus papéis.
Um filme simples, sem grandes pretensões mas..., muito interessante.
E para quem nada sabe sobre o método de Freud, é talvez uma boa forma de passar a saber.
A linguagem, o discurso e as analogias usadas pelo autor são, igualmente, simples.
Gostei!

Beijos,
da Princesa!

O lobby do pânico (Pedro Lomba, Público 2011-12-01)

Quando li este artigo, fiquei com uma sensação de "dejá vu", não em relação ao seu conteudo que é excelente, mas em relação aos meus sentimentos próprios sobre o tema.
O Pedro Lomba, limitou-se a expôr por escrito, de forma bem conseguida, o que eu penso...
Publicado a 1 de Dezembro, no jornal Público, este artigo de opinião é digno da leitura atenta de todos.

Beijos,
da Princesa!

"Não tenho dúvidas de que os lobbies existem, nem de que se esforçam cada vez melhor para ter influência. Fala-se no lobby das farmácias, dos médicos, dos construtores civis, para além de incontáveis sociedades secretas e religiosas. Se há umlobby gay, como em tempos alguém sugeriu, não faço ideia. É possível que muitos destes lobbies vivam mais da imaginação do que da realidade.
Mas existe um lobby que merece mesmo a nossa suspeita. Esse lobby é eficaz por ser pretensamente intelectual, por buscar a sua legitimação no terreno das ideias. Trabalham para o seu sucesso centenas e centenas de voluntários. Fazem conferências, distribuem panfletos, têm voz nos media. Além disso, preparam estudos nas universidades que depois apresentam com grandes honras científicas.Comecei a percebê-lo melhor quando em tempos li uma coluna do conservador Boris Johnson, o edil de Londres. Era um artigo divertido que informava que o grupo de interesses mais poderoso em Inglaterra naquele momento era a Sociedade Real para o Extremamente Estúpido. Só os ingleses, que prezam muito a liberdade e desconfiam do paternalismo público, poderiam ter-se lembrado dessa excelente expressão.As ideias extremamente estúpidas estão a ganhar força nas nossas sociedades. Por causa do pânico em que vivemos com a saúde e com a segurança, as estradas, ruas, paisagens e bens de consumo encheram-se de avisos, tabuletas, sinais, proibições. "Cuidado: risco de queda" quando à beira de um penhasco é óbvio que existe risco de queda; "Cuidado: bebida quente" quando é claro que a bebida está quente quando nos chega às mãos. "Aviso para alérgicos: contém peixe".Durante décadas, passei por um cruzamento de estradas que não tinha semáforos. Os carros pediam licença e circulavam em liberdade. Até que alguém se lembrou de plantar um semáforo no meio para regular o trânsito. Agora são trinta minutos de fila.Proibições e mais proibições. Tudo isto faz lembrar a Constituição de um país de Leste, a seguir à queda do Muro de Berlim, que dizia: "É proibido o golpe de Estado". Suspeito que, se não houve golpe de Estado, foi devido a essa proibição.A mais recente contribuição para o extremamente estúpido li-a há dias, aqui, no PÚBLICO. Uma investigadora universitária do Minho fez um estudo sobre o stalking - definido em português como "assédio persistente" - e inclui nestas práticas o que chama de "tentativas insistentes de entrar em contacto por cartas, telefonemas ouemails". Acaba a obra sugerindo a criminalização destas "múltiplas formas de comunicação" que envolvem assédio persistente. Claro que 79,2% dos inquiridos reconheceram ter sido sujeitos a "tentativas de entrar em contacto". Só podemos ser todos assediadores e, para a senhora investigadora, devíamos estar presos. Tenham medo, muito medo. Se algum deputado voluntarioso põe a mão no estudo, teremos uma lei ainda durante esta legislatura.O lobby do extremamente estúpido é estúpido e perigoso. Poderia chamar-se o lobbydo pânico, porque explora as nossas tremendas fobias, a nossa extrema insegurança. Mas trata-se de mais do que isso. Por esse mundo fora, há sempre quem ache que tem de corrigir, aperfeiçoar, eliminar qualquer noção de risco da vida. Há quem ache que tem de intervir, de fazer alguma coisa quando, na maioria das vezes, não há rigorosamente nada para fazer. E depois ruminam uns estudos, inventam definições esdrúxulas e pedem leis penais. Precisamos também de um aviso. Cuidado: risco de ideias extremamente estúpidas. Jurista

Saturday, December 03, 2011

Caxinas... um drama permanente!

A emoção de ver aqueles seis pescadores vivos, ao fim de três dias e duas noites no Mar, abandonados numa balsa, com frio, com fome, com medo de morrer, com saudades da família que ficava para trás...
Abaixo os "tecnocratas" que decidiram impedir as embarcações de ter os equipamentos de detecção de localização, em caso de emergência!
Morte à ausência de Paixão e de Humanidade!
Viva a Paixão, a Compaixão, Fé no impossível e o grande apego à Vida!
Não podemos depender de Milagres "senhores mangas de alpaca e unhas de fome"!

Beijos,
da Princesa!

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/pescadores-resgate-caxinas-virgem-do-sameiro-tvi24-ultimas-noticias/1304756-4071.html