Thursday, April 25, 2019

25 de Abril… Sempre!




Ainda me recordo do 25 de Abril de 1974, como se fosse hoje.
Com dezasseis aninhos, jovem secretária assistente do Diretor de Marketing, da CERGAL - Cervejas de Portugal.


Uma manhã, aparentemente, igual a tantas outras, entre as coleguinhas de trabalho, também, jovens como eu, entretidas nas habituais tarefas e rotinas da semana.

De repente, alguém entra na sala, já não me lembra quem…

- Depressa, saiam todas e vão para casa! Rebentou uma revolta do exército e parece que invadiram, montados em chaimites, o Largo do Carmo. Não há notícias de tiros, nem de feridos mas, é mais seguro irem para casa.

E lá arrumámos a papelada das secretárias rapidinho, não sabendo bem o que dizer ou fazer mas… lá fomos todas escadas abaixo, a correr em direção aos carros, para sair dali, bem depressa.

Depois foi o dia inteiro colada à televisão, a tentar entender o que estava a acontecer.

Engraçado, as armas dos soldados que apareciam nas imagens, estavam enfeitadas de cravos e conforme as horas avançavam, juntava-se uma multidão de gente feliz.

Fascismo nunca mais! Viva o 25 de Abril! Viva a Revolução dos Cravos!

Sinceramente, na altura não entendia bem o significado daquela alegria mas, vieram-me à cabeça lembranças engraçadas, de quando a minha Mãe se incomodava com algumas conversas de rua do meu Pai, alto e bom som, sobre o regime de Salazar.

- Américo!!! Está calado!!! Olha se alguém te ouve e denuncia à Pide!!!
- Oh Maria Júlia… lá estás tu a exagerar!!!

Foi então que pensei… isto só pode ser bom!!!
E bem feliz, lá fui eu... passados uns dias, celebrar o meu primeiro 1 de Maio, em Liberdade.

45 anos já se passaram e… é obrigatório, não esquecer e celebrar!!!


- Viva a Democracia!!!

- Viva o 25 de Abril, sempre!!!
 

Beijos,
da Princesa! (eterna defensora da Democracia e da Liberdade!)

Friday, April 12, 2019

Quando as Nuvens Chorarem... por ti Dina



E partiu hoje a fabulosa Dina, autora e cantora de muitos e muitos êxitos da Música POP Portuguesa, detentora de uma carreira linda, que arrancou nos anos setenta.

Lembro-me de todos os seus êxitos, da sua voz clara e potente, do seu jeito de tocar e pegar na viola, da energia e alegria com que entrava em palco.

Infelizmente, a doença retirou-a dos palcos há cerca de 3 anos e, reservou-lhe uma vida difícil e muito limitada, desde então.

Reconheço todas as músicas e letras e, de algumas delas nunca me vou esquecer, muito em especial: 

  • Amor de Água Fresca
  • Gosto do teu gosto
  • Há sempre música entre Nós
  • Pérola, rosa, verde, limão, marfim:
  • Quando as nuvens chorarem (dupla com o, também, saudoso e amado… Carlos Paião)
Tens um lugar, muito especial, no meu coração e…

Até sempre, Dina! 


Beijos,
da Princesa!


Tuesday, April 02, 2019

Venezuela...







E sempre que ouço as ultimas notícias sobre a Venezuela, fico com um nó na garganta.
De dia para dia, os constrangimentos são maiores, o desespero, a fome e a pobreza extrema da maioria da população, falam mais alto, incluindo a falta de um bem essencial como a água e as mais recentes, recorrentes e prolongadas falhas de fornecimento de eletricidade, que estão a afetar a totalidade do território.

Não consigo imaginar a vida num país onde tudo falta, onde o custo de bens essenciais, como a alimentação de base e os medicamentos, face à sua escassez, são absurdamente incomportáveis, obrigando a que a fome e a sede imperem e tomem o comando de todas aquelas vidas.
Ouvir as gentes em desespero a chorar a perda de entes queridos, as caras encovadas de quem tem fome, os olhares perdidos e tristes das crianças é um, verdadeiro, teste à nossa sensibilidade, perante o atroz sofrimento, de tantos.

E sem qualquer sombra de dúvida este é o resultado, triste e trágico, dos regimes presidenciais totalitários de Hugo Chavez e Nicolas Maduro, onde todos os setores mais importantes da economia foram nacionalizados, a comunicação social foi manipulada e controlada, as forças armadas partidarizadas e justiça foi subjugada pelos interesses do poder político vigentes e onde, atualmente, nem sequer a ajuda humanitária externa é bem vinda.

Resta-nos agora saber, quais serão os contornos do fim trágico, à vista...

Espero e desejo, ardentemente, que consigam superar.  


Beijos,
da Princesa! (onde a esperança por um Mundo melhor, será a ultima a morrer!)