Saturday, April 27, 2013

O vento...

Hoje é, certamente, o dia do Vento, pelo menos aqui por estas bandas de São Julião...
Um dia lindo, cheio de Sol, mas varrido por um vento teimosos e incómodo.
Para me vingar, decidi escrever uma palavrinhas e umas "frases batidas" a dizer mal dele, ehehheh...
Celebrei o momento, para a posteridade!

Beijos,
da Princesa!

Thursday, April 25, 2013

25 de Abril..., sempre!

Uma data que continuo a viver com paixão!
Lá estavam os meus dois cravos vermelhos que o Fernando me ofereceu, ao alto, bem orgulhosos, na minha secretária de trabalho. Parece que fui a única que se lembrou, naquele imenso escritório..., what a shame! :(
E nem sequer me dei ao trabalho de ouvir os discursos proferidos nas cerimónias governamentais de comemoração pois tinha a certeza absoluta que nada de novo seria dito e, provavelmente, ainda me iria enervar e rogar pragas aos "digníssimos oradores"...
Visualmente o espectáculo seria, certamente, deprimente pois quase aposto que os discursos, foram seguidos de aplausos exclusivos da cor partidária representada. Acertei, não é verdade?
Um chorrilho de palavras medidas com fita métrica, ao milímetro, calculadas como se fossem uma fórmula matemática precisa e sem qualquer margem de erro. Sobretudo, terão sido cinzentas e sem brilho.
Fiquei-me pela sensação de adorar o Sol deste lindo dia de Primavera, de ver o mar azul de São Julião, de almoçar com uma amiga querida e de ler um pouco à tarde no jardim, aquecida pelo suave calor que me acariciava a pele.
Melhor forma de comemorar, é quase impossível. É como se o 25 de Abril fosse a "Sagração da Primavera"!
Lembrei-me da sensação de há 39 anos atrás quando recebi a notícia, ainda sem perceber muito bem o que se estava a passar. Assaltaram-me as recordações do meu primeiro 1º de Maio, das incertezas de então e da vontade de entender a Democracia. Confesso que embora semi-confusa, me sentia bem a participar naquela avalanche de alegria e liberdade plena que animava as gentes.
De repente, a minha mãe deixou de avisar o meu pai para falar baixo, quando comentava as atrocidades da polícia política e dizia mal do governo de Salazar: "Oh Américo cala-te! Olha que podes ir preso!"
Só por isso, deu para perceber que algo mudara, para bem melhor.

Viva o 25 de Abril..., sempre!

Beijos,
da Princesa

Monday, April 22, 2013

O encanto do "adeus"


Hoje, quando viajava para o Porto cruzei-me na auto-estrada com um transporte escolar que ia, provavelmente, fazer um daqueles passeios, pomposamente designados como "visitas de estudo", sempre muito bem-vindas e desejadas pela "arraia-miúda", eheheheh...
Fiz pisca para a ultrapassavam e vi a malta do banco de trás - no meu tempo era o "banco dos palermas" - a rir e a acenar uma montanha de mãos descontroladas.
Um belo adeus convincente a quem passava, ou ultrapassava...
Sorri para a malta jovem, sem tirar a mão do volante.
De repente, veio-me à memória, não aquela frase batida do Sérgio Godinho, mas... recordações de juventude e de ambiência escolar.
Lembro-me muito bem quando me tocava a mim e aos amigos da turma do Secundário, ansiar e desejar aqueles divertidos passeios escolares, fosse qual fosse o destino.
E lá íamos nós felizes e contentes, com a merenda que as mães tinham preparado com amor e carinho.
Cantando e rindo que nem loucos e..., claro, sempre a dizer adeus sem parar, a todos os que passavam por nós.
E aquelas viagens de comboio, entre Amadora e Cacém e vice versa, em que decidíamos gritar que nem loucas à janela e a dizer adeus sem parar, até nos cansarmos daquela loucura espontânea,
Afinal, dizer adeus..., nem sempre é triste!
Beijos,
da Princesa!

Wednesday, April 17, 2013

Um Mundo em convulsão...


E porque será que os valores humanos mais simples, associados à Vida, simplesmente voaram..., foram p'ro brejo..., como queiram dizer...
A indiferença pelo bem estar dos Povos, o ignorar a fome e a precaridade, o ficar indiferente à incapacidade de todos poderem disfrutar de direitos fundamentais como a Saúde, a Educação e o Trabalho...
Resta-me DESEJAR MUITO que os "dirigentes políticos", daqui e de além Mar, reajam urgentemente!
É que "o Povo está sofrendo muito", com dizem as gentes lá para as bandas de África!
Acordem zombies! A Tolerância e o Bom Senso, estão a morrer!
A Esperança num "Guia para um final feliz", é a única coisa que nos resta!

Beijos,
da Princesa!

Saturday, April 13, 2013

Conversas entre 2 e 4 patas...


Um final de dia como muitos ou, mais precisamente, o início de outro...
A tranquilidade de um momento de silêncio e calma, apenas com uma espectadora de quatro patas, aqui mesmo ao meu lado, no seu posto de vigia preferido.
"Ok dona! Quando é que te decides a ir dormir? A esta hora já nem vale a pena estar por aqui num dos meus lugares preferidos, a tentar mirar os pássaros..., do lado de lá da cortina. É que, como sempre, estão naquele cantinho nocturno do costume, bem lá no fundo da gaiola, onde nem sequer os consigo topar, por mais que me esforce... O melhor é irmos lá para cima, descansar das fadigas da semana, naquela caminha simpática."
"Yes Ms. Luna! Os teus desejos são uma ordem. Let's go!"

Semana dura!!!!

Beijos,
da Princesa!

Sunday, April 07, 2013

Chile..., Salvador Allende, Pablo Neruda e Victor Jara...



A caminho de casa ouvi um programa na Antena1 sobre o tempo da tomada de posse de Pinochet, quando instaurou a ditadura militar no Chile, após o golpe de 11 de Setembro de 1973...
Falava-se da resistência, do suissídio do Presidente Salvador Allende deposto e, também, do seu último discurso ao povo Chileno, através de uma rádio clandestina. Lembrava-se a resistência que emergiu através da poesia e da música de Neruda e de Jara.
Emocionou-me recordar essa mesma poesia cheia de força, emoção e encanto. Ouvi, de novo, uma das canções mais emblemáticas da verdadeira Resistência e uma das mais belas de sempre, interpertada por Victor Jara... "Yo no canto por cantar"...
http://www.youtube.com/watch?v=4xRJ6jbCv1o
Allende suicidou-se em Setembro de 1973 aquando do golpe militar do ditador Pinochet, Neruda morreu em Santiago do Chile, também nesses tempos, e... Victor Jara foi preso, torturado (partiram-lhe os dedos das mãos com as coronhas das espingardas e obrigaram-no a tocar a sua guitarra imortal) e fuzilado, também, nesse fatídico mês Setembro, marco da tomada de posse da ditadura.
Há memórias que doem, mas que encerram pérolas preciosas da ARTE e da RESISTÊNCIA!

Viva La Revolución! VIVA!

Beijos,
da Princesa!