Histórias de gente vulgar...

Muitas vezes ponho travões à velocidade do pensamento e páro para olhar em volta...
Quão interessantes poderiam ser as histórias da gente vulgar que me rodeia ou, simplesmente, as histórias dos que se cruzam comigo sem deixar rasto.
Um breve olhar, um sorriso aberto ou triste, um pequeno gesto, um jeito de andar, um esgar da face... tudo pode ser revelador de uma história interessante. Só era preciso explorar a ideia e o formato ideal para transformar uma vida comum numa bela história de encantar.
Porquê a aposta sistemática das nossas televisões em talentos de presumíveis cantores ou aspirantes a dançarinos?
Sistematicamente parte-se do pressuposto que existe um talento escondido em todos os candidatos a "stars". Desde os mais pequenos até aos que já perderam a conta aos anos, todos lutam por um lugar cativo na ribalta do efémero "Mundo dos famosos" e às vezes a performance é tão má que até me faz crescer as unhas dos pés... quão arrepiante pode ser um momento desses em televisão.
Muito sinceramente, não entendo. É como se nos dias de hoje só a fantasia tivesse direito a captar a atenção dos mortais e todo esse enlevo etéreo fizesse história.
Que falta de imaginação!

Beijos,
da Princesa

Abraços desfeitos (Abrazos rotos)

Há momentos na vida em que mesmo passados anos e anos, é obrigatório curar as feridas que vêm de trás, lambendo-as suavemente ou até mesmo com raiva, para que possam sangrar e ajudar a pele a nascer rapidamente.

Esta é a história de "Abrazos Rotos" o novo filme de Pedro Almodovar, como sempre, brilhante.

Um pouco diferente dos últimos e até com um "cheirinho" a Hitchcock, não é fácil de captar a história no imediato. Talvez uma segunda visão não seja má ideia, principalmente para recuperar detalhes interessantes que terão escapado na primeira vez.

A nossa guapísima Penélope Cruz, também soma e segue com as suas excelentes performances.

A não perder!

Beijos,

da Princesa

Histórias de ninar

Às vezes recordo os momentos em que ficava junto da minha pequena Vanessa a contar a história da noite, sempre um pouco antes da hora de dormir.
De tal forma a habituei esse ritual que se tornou imprescindível e parte integrante das nossas rotinas diárias.
Sentava-me junto dela, na beira da cama, pegava num dos muitos livros que lhe comecei a comprar quando ainda a passeava na minha barriga e ali ficava a ler, a história da noite.
- Vanessa, vamos lá começar. Hoje vou contar a história da "Anita na Escola", pode ser?
- Sim.
- Era uma vez...
E dia após dia, lá escolhíamos uma, outra e outra história... "Anita a Cavalo", "Anita no Ballet", "Anita na Praia", "Capuchinho Vermelho", "Gato das Botas", "Bela Adormecida"... e tantas, tantas outras.
Ela ficava a escutar, atenta a todos os pormenores. Às vezes para a testar saltava uma ou duas páginas do livro e punha-me a inventar. Quase de imediato, dizia:
- Nãoooooo! Pára mãe! Não é assim... isso está tudo mal! A Anita foi lá fora ao jardim e disse...
Foram dias e dias de histórias de ninar e de encantar, contadas uma e outra e outra e outra vez...
Às vezes inventava eu as histórias... a do Sol, a da Lua, a da menina dos cabelos dourados, a da fada azul.
O pior era quando me pedia para eu repetir a história de um dia anterior e claro, lá me falhava um ou outro pormenor. Punha o Sol a brilhar na direcção da árvore mas afinal era na direcção do pássaro, punha a menina a caminhar junto da estrada ladeada de malmequeres mas afinal era de papoilas, vestia a fada com um lindo vestido azul mas afinal era amarelo.
Sempre atenta e pronta a emendar, a pequena Vanessa dizia logo:
-Nãooooo! Pára! Pára! A menina ia na estrada de papoilas e depois o Sol espreitou por entre as nuvens para ver o pássaro que voava no céu. Pronto, agora já podes continuar.
E lá continuava eu com a história, de nuvem em nuvem, de Sol em Sol, de Lua em Lua, seguida por aqueles olhitos atentos e aos mãozitas a espreitar pela borda do lençol.
Pouco a pouco, o sono ia vencendo a resistência do corpo e tomava conta da fantasia. Sorrindo, lá ficava ela a sonhar, bem agarradinha ao ursinho "Angeloso" e ao Pequeno Pónei.
Verdadeiras histórias de encantar e de ninar...

Beijos,
da Princesa

23 suicídios em ano e meio...

www.olhares.com - Foto: Fátima Machado

Verdadeiramente chocante o actual debate em torno do suicídio de 23 funcionários da empresa France Telecom...
Incrível o que às vezes nos "passa ao lado" quando a pressão laboral é sentida nos grandes gigantes do mundo do trabalho, independentemente do facto das suas situações financeiras não apresentarem grandes riscos ou indícios de dificuldades financeiras.
Em nome da crise Mundial, os métodos utilizados pela má gestão refugiam-se sobretudo em medidas de gestão preguiçosa, aplicadas para apresentar resultados fictícios.
Vejamos o exemplo das famosas reestruturações onde se negoceiam, habitualmente, as saídas de quem era incómodo e não a de elementos que não prestam, a "mobilidade de recursos" sem lei nem regra, a que chamam delicadamente "reintegração e polivalência", enfim...e muito mais haveria para contar.
Foram necessários 23 suicídios consumados e outras tantas tentativas frustadas para que o governo francês, representado neste caso pelo Ministério do Trabalho, convocasse para hoje um reunião de emergência, com o presidente da France Telecom.
Que raio de desculpas irá ele apresentar? Será que lhas vão exigir?
Como é possível pousar a cabeça na almofada com tanto peso na consciência e, acima de tudo, como é possível ter em tão fraca e leviana conta o ser humano e a vida?

Beijos,
da Princesa

A minha cadeira nova

Há cerca de dois meses que tenho uma cadeira nova na minha secretária.
Inovadora, sem dúvida, mas nada de transcendente.
Agora, em vez de me sentar numa cadeira a sério, sento-me numa de brincar... uma linda bola de pilates, azul.
Já sei, já sei o que estão a pensar... lá inventou ela mais uma!
Quais as vantagens?
- auto controle
- abdominais com musculos mais firmes, mais fortes e mais extensos
- postura excelente, sendo a coluna a parte do “esqueleto” que sai mais beneficiada
- melhor capacidade respiratória
Recomenda-se uma breve pausa de 2 em 2 horas, ou seja, podem aproveitar para retirar os olhos do écran durante uns breves cinco minutinhos e irem dar uma curva para arejar as ideias.
Experimentem!

Beijos,
da Princesa

UP... uma história ternurenta, em 3D

E de novo a Disney a surpreender-nos com esta bela história, animada em 3D.
O que naquela sala de cinema, provavelmente, terá incomodado outros espectadores adultos, foi talvez o mais me divertiu, isto é, passo a explicar...
A putalhada ria que nem louca, todos falavam pelos cotovelos e divertiam-se à grande com a sensação de poder tocar nas imagens do écran que desde o início passou a fazer parte integrante do espaço da sala.
Interagir com os balões que voavam na nossa direcção, baixar a carola quando a casa fazia um voo rasante às nossas cabeças, gritar de susto quando os dentes do doberman estavam mesmo ali à frente do nosso nariz, and so on, and so on, and so on... tudo foi pretexto para a festa que se viveu naquela tarde de cinema.
- Olha as bolas! Ena tantas... agarra uma, agarra uma!
- Ena pá! Tão giro! Oh mãe olha ali! Ali!!!
- Cuidado, cuidado!!! Uf... que susto!
Foi uma cegada e uma animação “daquelas” durante todo o filme.
Até eu, já bem perto do final, dei por mim a pôr a mão à frente da cara para evitar levar com uma pedrada que vinha mesmo na minha direcção, eh, eh, eh!

Uma verdadeira insanidade ao longo de todo o filme...

Sinopse
Era uma vez um vendedor de balões chamado Carl...
Viuvo e já com 78 anos de idade, decidiu partir em busca de um sonho antigo que o acompanhou desde criança, viajar para o Sul da América e ver de perto aquelas lindas cataratas da fotografia do album de infância da sua amada.
Para tal, atou milhares de balões à sua pequena casa de madeira e partiu no exacto dia em que o foram buscar para o internar num asilo para idosos.
A grande surpresa da viagem chegou pouco tempo depois da descolagem.
Em pleno voo, o avozinho descobriu que o Russell, um pequeno explorador de 8 anos de idade, tinha apanhado uma boleia forçada...

Agora vão ver o "UP"... mais não conto.
http://disney.go.com/disneypictures/up/main.html#

Beijos,
da Princesa

As 3 rosas vermelhas

Foto: www.olhares.com
Autora: Kristinna

Receber flores é um excelente remédio para refrescar a moral e o ego, claro!
Esta afirmação só não será uma verdade universal se a receptora do ramo tiver alergia ao pólen e o incómodo dos espirros a apoquentem. Mas, ... também não é o caso.
O que 3 rosas vermelhas são capazes de fazer, eh, eh,eh...
Aqui vai esta dedicada a uma das leitoras assíduas do Blog.

Receba as flores que lhe dou
E em cada flor um beijo meu
São flores lindas que lhe dou
Rosas vermelhas com amor
Amor que por você nasceu

Lembram-se?
Pois é essa mesmo... "A NAMORADA QUE SONHEI", cantada pelo Nelson Ned.
As coisas que eu vou desenterrar nos consfins da memória... vê-se mesmo que já sou fóssil!!!!

Beijos,
da Princesa

Noites escaldantes

Assim à primeira vista parece mesmo o título de um conto ou filme erótico mas... não é, eh, eh, ...
Ontem à noite enquanto me preparava para comer a bela salada, liguei a TV para ver as notícias.

Pois é, não se falava de outra coisa para além dos cinco fogos incontroláveis que alastravam as zonas Norte e Centro do país e a surpreendente vitória por 8-1 a favor do Benfica, no jogo de futebol frente ao Vitória de Setúbal.
É caso para dizer que o país está ao rubro e, sejam quais forem os motivos, esta semana vai ficar marcada pela cor vermelha, fogo...

Beijos,

da Princesa