Sunday, January 20, 2013

Gabriela, Cravo e Canela


“Agora que o coronel Ramiro morreu, eu lhe dou todo o meu apoio!” O sabor do Poder…, ah esse gostinho especial, com toque de especiarias raras e finas!

Jorge Amado, eterno, soube como ninguém dar-nos a conhecer a sociedade conservadora e impiedosa do tempo dos coronéis de Ilhéus e redondezas, daquela época!
A lei da bala, a lei da força, a lei do mais forte sobre o mais fraco, a lei do conservadorismo desmesurado sobre a liberdade de ideais e de ideias, a lei do Ódio que quase sufoca o Amor, a lei do dinheiro sobre a escassez de bens essenciais e imediatos…
Gabriela é o símbolo do livre pensamento, da ausência de maldade e de segundas intensões, do desinteresse pelas aparências, meros símbolos da falsidade e do pensamento pervertido.

“No mundo da política, continua tudo na mesma!” (Nada mais verdadeiro…)

“Hei-de fazer muito por esta Terra!” (Onde é que eu já ouvi isto?)

Fantásticos actores e actrizes, personagens de vida e de ficção. Apesar dos anos de distância do tempo dos coronéis, a história cola perfeitamente a qualquer atitude política do século XXI! (estamos cheios de exemplos vivos aqui neste pequeno lugar à beira mar plantado, infelizmente...)

Viva o Amor sem preconceitos, viva a Liberdade...
"Gosto não de ser senhora, sapato apertado, vestido de seda, gosto não de ter regra p'ra comer, eu prefiro o circo..., prefiro ser assim, livre!"

"Vamos continuar assim, sem papel, sem a sociedade dizer o que fazer... casar p'ra quê Seu Nacib? Eu sou feliz assim, sou feliz feito o vento que precisa não de regra p'ra ventar, sou feliz feito a terra..., sou feliz feito a chuva..., sou feliz feito o fogo que brilha, sem ninguém precisar de dizer que é certo ou que é errado! ... Só nós dois... o Mundo não importa não, o que importa é o Amor que eu tenho por tu e que tu tem por mim!"

Beijos,
da Princesa!

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