Balada de un soldado

Hoje recordei e ouvi, ao vivo e a cores, uma canção que adoro e que já estava lá bem longe escondida na minha memória de sentimentos que brotam, bem lá do fundo, do meu coração.
Guerra Civil de Espanha, 1938, "Balada de un Soldado".
Simplesmente, indescritível e esmagadora... a música e a letra!

Beijos,
da Princesa



Madre, anoche en las trincheras
Entre el fuego y la metralla
Vi un enemigo correr
La noche estaba cerada,
La apunté con mi fusil
Y al tiempo que disparaba
Una luz iluminó
El rostro que yo mataba
Clavó su mirada en mi
Con sus ojos ya vacios
Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José
Compañero de la escuela
Con quien tanto yo jugué
De soldados y trincheras

Hoy el fuego era verdad
Y mi amigo ya se entierra
Madre, yo quiero morir
Estoy harto de esta guerra
Y si vuelvo a escribir
Talvez lo haga del cielo
Donde encontraré a José
Y jugaremos de nuevo

Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José
Compañero de la escuela
Con quien tanto yo jugué
De soldados y trincheras
Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José

Tudo pode dar certo (Woody Allen)

"Tudo Pode dar Certo" é mais uma comédia Nova-Yorquina, onde o ser humano é analisado e explorado à boa maneira sarcástica do meu querido Woody Allen.

Onde raio é que ele vai buscar esta forma tão bizarra para descrever o dia a dia dos americanos? Acredito que inspirado no "american way of life" mas, a forma como o consegue expressar é, de facto, soberba e hilariante.

Um dos protagonistas centrais, Boris (Larry David) um velho chato, rabugento, com mau humor permanente, uma perfeita besta no contacto com os outros (adultos e crianças, tanto faz...), frustrado de longa data, consegue, simultaneamente, ter muita piada. Neurótico e com a mania das doenças, considera-se um génio, possuidor de uma visão transparente do Mundo, da qual não pára de se gabar.

Melodie (Evan Rachel Wood) a outra protagonista da história, é uma jovem doce e ingénua que representa tudo o que Boris abomina no ser humano... é simplória, cheia de "clichés", sonhadora e burra até à "quinta casa".

Conhecem-se em cirscunstâncias assaz bizarras e, a partir daí, a história não para de nos surpreender.

Melodie, fatal como o destino nos filmes de Woody Allen, acaba por se enfeitiçar com a suposta genialidade de Boris e cria uma admiração estranha por este velho chato que canta os "Parabéns a Você" sempre que lava as mãos.

Bom... agora não conto mais.

Vão ver que é bem divertido e, de facto, "tudo pode acontecer"... só é preciso querer muito e, soltar as amarras.

Beijos,

da Princesa

***

Título original: Whatever Works
gênero: Comédia Romântica
direção: Woody Allen

***

Elenco:
Larry David (Boris Yellnikoff)
Evan Rachel Wood (Melodie St. Ann Celestine)

Ed Begley Jr. (John)
Henry Cavill (Randy James)

Patricia Clarkson (Marietta)
Willa Cuthrell-Tuttleman (Enid)
John Gallagher Jr. (Perry)
Jessica Hecht (Helena)
Lyle Kanouse (Ed)
Oleg Krupa (Morgenstern)
Carolyn McCormick (Jessica)
Michael McKean (Joe)
Christopher Evan Welch (Howard)

O apagão...

Quando as energias são afectadas, os braços e as pernas não obedecem aos comandos da cabeça, as forças são reduzidas a 50%, o olfato e o sabor desaparecem, sentimo-nos assim como se tivessemos sido alvo de um "apagão", mais ou menos como os da EDP que chegam sem qualquer pré-aviso e nunca se sabe bem quando vão partir.
Se vos disser como foi o retorno às aulas de Ashtanga Yoga, nem dá para acreditar, vão pensar que estou a tirar o lugar ao Nuno Markl, eh, eh, eh...
Alguns dos novos alunos que agora estão a chegar ao Shala, se me viram na Quarta-Feira, seguramente, não se terão inspirado muito para o início da prática, pelo que espero ter passado bem despercebida. Felizmente, a aula estava cheia.
As costas habituadas a moldar-se às diferentes posturas em função do movimento, pareciam duas tábuas direitas, daquelas muito fatelas, sem o mínimo de flexibilidade. Lá ao fundo, ainda doiam a valer, o que tornou a extensão de movimentos adequada a uma cota de 80 anos, ou seja, tudo bem lento, para combater a dor. Enfim, um verdadeiro delírio!
Mas... já dizia a minha mãezinha, 'ah rapariga, parece que foste enchertada em corno de cabra' (sinceramente nunca percebi quem era a cabra a que ela se referia...) e, como tal, já recomecei a conquistar o ritmo da continuidade regular da prática, parte integrante do meu Eu.
A aula de ontem já correu bastante melhor e a performance saltou para o nível dos 60, na próxima semana, talvez já esteja nos 52, again...
E com todo este terramoto interno, até da minha amada escrita me descolei um pouco, como devem ter percebido.
É que para além da energia, a veia criativa também foi dar uma curva até ao espaço sideral, mas... hoje, assim de repente, mergulhou lá de cima em grande velocidade e estatelou-se em cima da minha cabeça, com tanta força que até me doeu. Depois lá acalmou, aninhou-se de novo dentro da Alma e, de mansinho, lá se enroscou no canto habitual.
Aqui estou eu, de regresso a meio-gás mas, de regresso.

Beijos,
da Princesa

A corrupção Lusa em alta!

As mais recentes histórias de corrupção, clientelismo, lobies, manipulação da Informação, ingerência inadequada nas mais diversas áreas da Sociedade Portuguesa, desde a Banca, às Telecomunicações, à Energia, ao Ordenamento de Território, aos Meios de Comunicação Social, aos Serviços, à Política Partidária e Apartidária, à Gestão Autárquica, and so on, and so on, and so on... a que é que conduziram?
Para além das especulações, provas, escutas e denúncias expostas em letras garrafais nos mais diferentes Orgãos de Informação ou "Desinformação", nada mais se passou, certo?
Alguém foi preso? Não!
Alguém foi acusado formalmente? Não!
Alguém foi intimado a devolver os milhares ou milhões que meteu ao bolso? Não!
Alguém foi condenado pela incompetência ou pela gestão danosa de Empresas Públicas e Privadas? Não!
Alguém foi aconselhado a abandonar as Instituições que lesou e enxovalhou? Também, não!
Então se ninguém é intimado e/ou condenado e se tudo passa "de fininho" e "ao largo", como se efectivamente nada se passasse, pode perfeitamente suspender-se a especulação, senão estamos condenados a viver eternamente com o cheiro a cano de esgoto e não há Serviços de Saneamento Básico que nos ajudem.
Para já, a única alternativa possível parece ser levar com ele(a)s e vivermos de blá, blá, blá, blá... mas cuidado, um dia destes alguém vai parir uma nova fórmula que permita descolar-lhes o rabo da "cadeira do poder".

*
Disseram-me um dia 'Rita, põe-te em guarda'
'Aviso-te, a vida é dura, põe-te em guarda'
Cerra os dois punhos e andou, põe-te em guarda
Eu disse adeus à desdita
E lancei mãos à aventura
E ainda aqui está quem falou
*
Galguei caminhos de ferro, põe-te em guarda
Palmilhei ruas à fome, põe-te em guarda
Dormi em bancos à chuva, põe-te em guarda
E a solidão, não erre
É só chamá-la o seu nome
Vai que nem uma luva
...
...
Veio a fama e veio a glória, põe-te em guarda
passearam-me de ombro em ombro, põe-te em guarda
encheram-me de flores o quarto, põe-te em guarda
mas é sempre a mesma história
depois do primeiro assombro
logo o corpo fica farto
*
O coveiro que o diga
quantas vezes se apoiou na enxada
e o coração que o conte
quantas vezes já bateu para nada

(Balada da Rita - Letra e música de Sérgio Godinho)

Beijos,
da Princesa!

Os cheiros...

Uma das coisas mais importantes é a percepção que temos do cheiro das coisas..., das flores, das ervas aromáticas, da terra molhada, dos perfumes, dos corpos, da comida favorita, da lenha a queimar na lareira, enfim... de tudo o que mais gostamos.

Esse é um dos grandes prazeres, que a p... da constipação me tirou, durante estes últimos dias.

Espero que a coisa se componha rápido e que a digníssima Princesa regresse ao seu meio da realeza, em breve e em forma.

Nada melhor que poder recuperar o prazer de sentir os cheiros preferidos, já que a sensação de enfiar o nariz num molho de coentros frescos, num ramo de erva cidreira ou, no peito de quem se ama, é das coisas mais fantásticas do Mundo.

Beijos,

da Princesa

As princesas também se constipam...

Eu bem estava a ver se escapava mas, desta vez não consegui. Com tanta malta à volta a mandar-me os micróbios p'ra cima, era quase inevitável ficar constipada.
Bom, há que ver a coisa pelo lado positivo, ou seja, a voz fica mais sexy, eh, eh, eh... e o quentinho do "lar doce lar" sabe, ainda, melhor.
Vamos lá ver se me safo rápido para ir brincar ao Carnaval mas, para já, a imaginação está toldada pelas secreções nasais.

Beijos,
da Princesa

INVICTUS

Clint Eastwood, sem palavras...

Um dos meus realizadores e actores favoritos.

Tem um olhar sempre diferente que desconstroi e reconstroi o outro lado da história... o mais humano.

Filma o movimento dos corpos, estuda e imprime uma dinâmica aos planos de filmagem como ninguém, dirige os actores de uma forma em que a realidade dos personagens está sempre viva, ali bem à nossa frente no grande écran, introduz o som de fundo no encadeado da acção, fazendo-nos sentir a dor, o esforço e a emoção das cenas como se por algum momento fossemos os protagonistas da história.

A história da selecção de rugby da África do Sul no Campionato Mundial de 1995, de braço dado com a libertação Manadela.

Um mandato presidencial, verdadeiramente inspirador, quando uniu forças com o capitão da selecção de rugby da equipa da África do Sul, como motor impulsionador da união do país de então.

Uma África do Sul com o peso do "apartheid", onde as diferenças da côr da pele comandavam as emoções, os ódios, as alegrias, as tristezas e as graves carências dos habitantes negros dos bairros de lata.

Viva o Amor, a Razão e a Amizade, entre homens e mulheres de todo o Mundo... Africano.

Mr. Clint Eastwood, you are the best!

Consider me one of your most enthusiastic fans!

I will always be glad to run to the cinema and see you movies, on the big screen. It's just magic moment!

Morgan Freeman (amasing the way he study the voice and the body language of President Mandela) and Matt Damon (amasing the way he showed the will to change Africa, and to fight for a united country free of hate and racism) are simply fabouls on this movie.

No words to express their carisma and great roles in this story.

Beijos,

da Princesa

Luna e Sofia, na maior!

As minhas lindas gatas, Luna e Sofia, andam por aqui a rondar a minha pessoa, como que implorando para as deixar ir lá fora fazer as brincadeiras habituais. Nada como subir às árvores no jardim e atirar-se às borboletas e aos mosquitos.
Hoje fiquei em casa a trabalhar remotamente para lhes fazer companhia e vigiar eventuais tentativas de arrancar o penso que protege a zona do corte da esterilização mas... curiosamente, nada, não se passou nada.
De acordo com as novas teorias na medicina veterinária, os animais não sentem os movimentos tão condicionados se não lhes puserem aquele funil horrosos ou aqueles babigrows "muito fashion" que não os deixam caminhar à vontade e, consequentemente, não sentem a necessidade desesperada de arrancar o penso. Super engraçada esta nova ideia e, pelos vistos, igualmente, eficaz.
Segundo me explicava a veterinária, a Luna e a Sofia sofreriam muito mais com o uso do funil, dispensável numa operação de baixo risco, onde a ausência de dor é controlada com a medicação. Aquele adereço horroroso só iria aguçar a vontade de arrancar o penso, face à desorientação locomotora que lhes provocaria, em todo o espaço de movimentação.
Ninguém diria que foram operadas há dia e meio...
Eu própria fico impressionada com a capacidade de recuperação dos animais, e aí malta...os gatos são espectaculares!
Por algum motivo as lendas os apelidam donos de "sete vidas".

Beijos,
da Princesa

O adeus a Rosa Lobato Faria...

Uma grande mulher...
Reconhecida pelo seu talento, arte de bem escrever, carisma, beleza interior e exterior.
Deixa um vasto legado escrito e ficará para sempre presente nas entrelinhas das suas poesias e dos seus romances.

"E de novo a armadilha dos abraços"
E de novo a armadilha dos abraços.
E de novo o enredo das delícias.
O rouco da garganta, os pés descalços
a pele alucinada de carícias.
As preces, os segredos, as risadas
no altar esplendoroso das ofertas.
De novo beijo a beijo as madrugadas
de novo seio a seio as descobertas.
Alcandorada no teu corpo imenso
teço um colar de gritos e silêncios
a ecoar no som dos precipícios.
E tudo o que me dás eu te devolvo.
E fazemos de novo, sempre novo
o amor total dos deuses e dos bichos.

Beijos,
da Princesa

“A Bela e o Papparazzo”

Soraia Chaves e Marco D'Almeida juntos numa comédia romântica, onde encarnam as personagem de uma vedeta de novela e de um fotógrafo, respectivamente.
Ele especializado em perseguir vedetas e ela fartinha até aos cabelos das trocas, baldrocas e caldinhos que as revistas cor de rosa lhe arranjam.
Ambos os personagens sonham ir mais longe..., ela pisar os palcos de um teatro e ele realizar outros trabalhos de fotografia. No entanto, a rotina do dia a dia em que se enrolam prende-os aquela vidinha de sempre, atabafando-os.
Nuno Markl, em estreia absoluta no cinema, encarna o “Nuno Markl” que conhecemos da Rádio. Bem esgalhado este amigo e confidente da "Bela" e do "Paparazzo" mas, também não foi preciso inventar muito pois bastou não sair do seu registo de sempre e a relação com a câmara até que resultou bem, afinal.
Será que os sonhos se convertem em realidade no grande écran?
"A Bela e o Paparazzo" é um filme divertido mas também um olhar crítico sobre o apego das gentes lusas às historinhas das revistas cor de rosa. As Lilis, as Bibas, as Cinhas, as Nuchas, Tichas e Tuchas, é que se calhar não vão achar assim tanta graça à história.
António Pedro Vasconcelos, sempre bem e actual.
Ah! Quase imperdoável... já me ia esquecendo de referir a grande música da banda sonora,
"Tudo por um beijo", de Jorge Palma


Vão ver... que se divertem!

Beijos,
da Princesa