Pandemia ...

Não podería deixar de vos falar neste tema, até porque o meu rebento vive em terras mexicanas e o meu coração de mãe nunca fica muito tranquilo nestas circunstâncias.
Apesar de tudo veio-me à ideia tudo o que se tem falado em relação à Crise Global e, não há dúvida, que a instabilidade financeira gera instabilidade a todos os níveis. Tempos de grandes crises mundiais, foram e serão sempre, tempos de ruína financeira, pandemias, conflito social, violência e especulação mediática.
As últimas que o rebento me passou é que, para já, estão a ser tomadas medidas preventivas de controlo do vírus da gripe e que apesar de no Estado de Chiapas não ter sido detectado nenhum caso, as escolas estão encerradas preventivamente, até 6 de Maio, por forma a dar espaço à investigação sanitária efectuar uma melhor avaliação da situação.
O país está de férias! (disse a Vanessa)
Et voilá!

'Ai filha... estamos próximos do fim do Mundo!'
É o que diria a minha mãezinha agora, se ainda estivesse viva.

Beijos,
da Princesa


"La Jornada" , 28 de Abril 2009 http://www.jornada.unam.mx/2009/04/28/index.php
'Es mejor excederse que lamentar...'

25 de Abril, sempre!

www.olhares.com
Recordo-me vagamente da sensação de estranheza quando no emprego nos mandaram para casa a 25 de Abril de 1974.
'Houve golpe de estado militar contra o regime da ditadura de Américo Tomás', diziam alguns em surdina...
'Deus queira não haja derramamento de sangue', diziam outros...
Muito sinceramente, nessa altura, não estava a perceber patavina do que se estava a passar. Um pouco ansiosa, um pouco assustada, um pouco zonza talvez, lá fui eu rumo a casa.
De repente, vinha-me à memória um episódio vivido em Lisboa uns meses antes, na praça do Rossio. Um polícia de choque barrara-me a passagem à saída do Metro.
Tinha para aí uns dois metros de altura, viseira e escudo e perguntou-me, com voz de poucos amigos:
- Onde vais?
- Eu, eu, eu... vou ao cinema. Disse, engasgando a resposta com o susto.
- Não podes voltar a entrar por aqui. Ouviste bem?
Engoli em seco e acenei-lhe em sinal de acordo.
Nunca tinha subido as escadas do Metro do Rossio tão depressa.
Mais tarde soube que tinha sido dia de conflito com os estudantes universitários.
Não me recordo o motivo do conflito de então mas, a 25 de Abril de 1974, entendi que, naquele dia meses atrás, algo de estranho tinha ficado no ar e ... também, no meu pensamento.

Viva o 25 de Abril, sempre!

Beijos,
da Princesa

A arte não faz sentido se não nos tocar no coração

Estou a ver um programa fabuloso na RTP 2 (claro!!!) sobre ícons da arte francesa e dedicado, especialmente, a Henri de Toulouse L'autrec.
Passaram por aqui, bem pela frente dos meus olhos, pintura, gravura, o Can-Can, o Moulin Rouge, Paris (ah Paris...), Montmartre, a luxúria, La Goulue, algumas memórias, prostitutas, cabarés, beleza, desafios...

Ah a Arte... sempre a Arte!

Beijos,
da Princesa

Desequilíbrios...

www.olhares.com - Autor: Jorge Matos

Quando as horas do dia começam a não chegar, temos de recorrer à noite mesmo que a fome aperte e o estômago grite:
- Então... não vais fazer o jantar? Já são horas!
Pois é, já são horas mas... continuo a acreditar que o espírito é mais forte que o estômago e que o prazer de deixar por aqui umas linhas cheias de ternura, bom humor, azedume ou até um lamento (às vezes lá calha...) vale mais do que comer a minha "big salada" meia hora mais cedo.
Claro, a esta hora só mesmo uns belos vegetais senão a idade já não me permite dormir um soninho descansado, eh, eh...

Beijos,
da Princesa

Susan Boyle... o preconceito

Por mais descontraídos que todos sejamos, o malvado do preconceito está lá escondido, nem que seja bem lá no fundo do nosso eu.
Somos escravos do imaginário e das imagens que vamos construindo ao longo da vida. É quase infalível a associação de talento a beleza física.
Nunca se espera um grande talento numa figura simplória, vulgar e sobretudo, com ar "provinciano".
Susan Boyle foi, sem qualquer sombra de dúvida, a prova disso.
Depois de arrancar olhares de desdém e os sorrisos amarelos de gozo a toda a assistência do programa de caça aos talentos britânicos, arrasou e vingou-se da multidão que a ouviu, de boca aberta, com espaço que dava para entrar um batalhão de moscas.
A sua interpretação do tema "I dreamed a dream", foi indescritível e a sua simplicidade em palco arrepiante.
A escravidão da imagem é, de facto, terrível.
Eu, pecadora me confesso. Bem feita!


Beijos,
da Princesa

Deflação e inflação... na escrita

(Os Pitecos, de Zé d'Almeida)

E neste conturbado momento da economia Mundial em que a cada dia ouvimos um novo palavrão, está agora na berra a famosa deflação (diminuição, relativamente longa, do nível geral de preços numa zona económica), à espreita do pessoal que nem raposa matreira, prontinha a morder os calcanhares cá da malta, até aqui quase morta de enfarte causado pela, também famosa, inflação (crescimento contínuo e generalizado dos preços dos bens) que nos perseguiu quase "ad eternum".

A verdade é que a minha veia inspiradora deflacionou vertiginosamente nos últimos dias, não por falta de temática ou de inspiração, mas devido ao inflacionamento abrupto e contínuo das minhas tarefas profissionais.

Agora, finalmente sentada num cantinho tranquilo, consegui parar para carregar a energia que me injecta uma das minhas terapias preferidas, a escrita.

Para já, o futuro próximo não se avizinha muito calmo...

Beijos,

da Princesa!

No lodo...

Nem um tempinho para escrever...
Prometo que regresso!

Beijos,
da Princesa

Marisa, mariscadora...

"Uma vida dura, agravada pelo mau tempo que por vezes não deixa pescar".
Impressionante o depoiamento da jovem Marisa, 27 anos, mariscadora há 6 anos.
Sem grandes expectativas de vida... vários empregos já percorridos e a filosofia de viver "um dia de cada vez". Apesar da dureza deste ritmo, a recusa de viver de um rendimento mínimo sistemático.
20 euros por dia ganhos na apanha do berbigão, à custa de muito esforço e de muito frio.
Antes das seis da manhã já a pé e o filho na ama, todos os dias, às 06:45m. Impressionante!
Há vidas bem duras... e eu a queixar-me do frio destes últimos dois dias.

Beijos,
da Princesa!

José Rezio Amaro

Um bom chefe e ex-colega que hoje viajou ao encontro de outras paragens, muito para além da terra. Há debilidades que, infelizmente, não deixam espaço para esta vida, do lado de cá do Mundo.
Um abraço Zé!
Até um dia!

Beijos,
da Princesa

Estou gelada!

Está um frio do caraças aqui por estas bandas.
Pouco ou nada se passa entre estas montanhas, tirando o verde de vários tons e os rituais dos comes e bebes: a chanfana (que dispenso...) e o arroz doce branco.

Beijos,
da Princesa!

Jesus Barrabás ou Jesus de Nazaré?

Quem libertar? O eterno dilema...

E a impiedade de então não difere muito da de hoje.

Os ideais menos convencionais sempre incomodaram mais que as ideias comuns.

Crucifique-se Jesus de Nazaré! Why not?

E às vezes não há explicação para o inexplicável...

Hoje quando vi a reportagem do funeral dos italianos da cidade de Aquila encolheu-se-me a alma e arrepiou-se-me a espinha.

Duzentos e cinco caixões, alinhados em quatro filas. Que raio de corrente gelada me atravessou o corpo, gggrrrrr... quase aposto igual à que Jesus de Nazaré terá sentido com a chicotada que levou a caminho da cruz, no monte Sinai.

Não, não é pretenciosismo da minha parte, é apenas um sentimento que aqui fica exposto.

Feliz Páscoa para vocês!

Beijos,

da Princesa

Tim Tim por Tim Tum, em Sintra

Já não os via há bastante tempo e de facto a linguagem do projecto "Tim Tim por Tim Tum" continua a explorar tudo o que possas imaginar em termos de expresão corporal, interacção e improviso entre os músicos e com o público.
Sons, palavras, silêncios, gestos...
Se os vires pela primeira vez nem consegues imaginar o que vai acontecer naquele palco, onde apenas se podem ver quatro baterias montadas.
Se eu pudesse dar um corpo ou encarnar uma personagem de ficção em cada um deles, diria que o Zé Salgueiro ficaria com o Charlot e o palhaço Bozo, a Lucia Martinez com a Alice no País das Maravilhas, o Marco Franco com o Mr. Spock e o Carlos Miguel com o Cantinflas.
A interacção com o público através da expressão corporal, dos sons e das palavras é quase uma provocação constante e a reacção do lado de cá da plateia é muito receptiva.
O jogo do improviso, o inesperado e a surpresa estão sempre presentes, ao longo do espectáculo.
Expressivos, muito expressivos...
Resumindo, os "Tim Tim por Tim Tum" conseguem despertar emoções e provar que qualquer objecto, por mais bizarro que possa parecer, é válido para fazer comunicar e fazer música.
Um excelente espectáculo!

Beijos,
da Princesa

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Tim Tim por Tim Tum
"Um Projecto, Quatro Baterias"
José Salgueiro
Carlos Miguel
Marco Franco
Lucia Martinez

O... Saya & Riots

Estas são as minhas preferidas querida Andreia... ;)





Beijos,
da Princesa!

Mayra Andrade... 7 de Junho no CCB

Ah pois é...
Moi meme & the Love of my Heart estaremos bem juntinhos, sentados na 4a. fila do Grande Auditório do CCB, cadeiras D16 e D18 (ou em pé a dançar... who knows...), já no próximo dia 7 de Junho deste ano.
Aposto a vida em como vai ser uma noite de Domingo fabulosa e qui çá o início de um 'Hot Summer' bem escaldante!
Agora só falta ter a certeza que o "Boss" vem a Lisboa fazer um concerto e nem sequer 1 segundo vou perder na compra do bilhete... doa o que doer!!!! Que se lixe! É só menos um par de botas novas no próximo Inverno, eh, eh...

O meu coração estava triste
Era falta de amor e de mar, oh

O meu coração estava doce
Era o som das memórias lá longe, oh

(Surpresa: Esta nã é da Mayra... é minha)

Beijos,
da Princesa

Gran Torino & Che - El Argentino: 2 em 1...

Um fim de semana prolongado em matéria de cinema, começando por Gran Torino (Clint Eastwood) no Sábado e terminando com Che - El Argentino (Steven Soderbergh) na Segunda.
A história de uma América do Norte em declínio e o relato de uma revolução onde Che Guevara e Fidel partilham um ideal e um objectivo único, derrubar a ditadura de Batista.
O contraste com a violência de rua dos gangs e a luta pelo domínio de um espaço urbano em decadência, com os ideais da guerrilha dos rebeldes de Sierra Maestra, que marcam o percurso do médico Che até ao posto de comandante e de herói revolucionário de então e de sempre.
E como dizia um dos camaradas de guerrilha a Che, ‘se tivesses registado a patente da tua imagem Cuba era agora um país rico e independente’.
Clint fabuloso como sempre e Benicio del Toro, simplesmente soberbo!
A não perder, ambos os filmes...

Beijos,
da Princesa