Ontem quando ouvi o nosso Primeiro-ministro falar na televisão nem queria acreditar em tanta arrogância, muito acima da dose habitual que sempre o acompanha.
Referindo-se ao facto de ter sido recebido no Porto com as vaias e os apupos dos manifestantes, afirmava "Não me deixo intimidar, nem me desvio do meu caminho com estas manifestações e insultos".
José Sócrates considerou, ainda, que estas iniciativas da CGTP eram "actuações a que o país já se habituou" e que "há 30 anos que fazem as mesmas fitas, apenas para as televisões filmarem".
Pois Senhor Primeiro-ministro até pode ser que tenha razão mas já pensou que os outros também podem ter razão em se manisfestar?
Acho que começa a deixar transparecer a sua irritação face às críticas de que ultimamente é alvo o seu Governo e, também, todo o incómodo que lhe causa tanta polémica, muito em particular no domínio da Saúde Pública.
E por muito que as corridas lhe dêm energia e calma aparente para "iludir ao pessoal" aconselho-o, muito seriamente, a praticar Ashtanga Yoga que é um verdadeiro culto da paciência.
Se insiste em não ter humildade para nos ouvir um pouco, para entender os nossos sinais de inquietação ou para perceber as nossas preocupações ..., se continua com essa pose de intolerância da qual fez a sua "imagem de marca" ainda lhe acontece o mesmo que ao Aznar nas ultimas eleições de Espanha (os portugueses são é um pouco mais lentos na tomada de decisões drásticas...) , passo a explicar, brindamo-lo com um grande par de patins e depois vai ter que ir pregar a sua arrogância para outra freguesia.
Um último conselho, se o permite a esta verdadeira princesa do povo...
Era bom que se fosse livrando do bando de parasitas e de idiotas que o rodeiam, na sua grande maioria, confortavelmente instalados em vários cargos públicos nos Organismos oficiais.
É que além de apenas alimentarem as poses de galo que lhes são comuns, nada mais fazem além de exibir a pose.
Os seus gestores têm medo de gerir correctamente o erário público e só tomam as decisões em função do "politicamente correcto". É que o medo de gerar polémica caso optem pelo "financeiramente ou economicamente correcto", é muito.
Por exemplo, preferem pagar uma manutenção caríssima dos carros velhos da frota do Estado, na maioria já fora dos normais períodos dos contratos de leasing, do que renovar a frota com contratos geridos a quatros anos, com quilometragem pré-estabelecida e acordos de manutenção negociados.
É que os asnos só com medo dos Media especularem e os acusarem de comprar carros novos (mas que sairiam muito mais baratos em termos de custos de manutenção...) preferem continuar a pagar fortunas com os gastos exagerados dos velhos. Esta não é, em absoluto, a lógica de qualquer empresa privada rentável e bem gerida.
Mesmo podendo sempre fundamentar e explicar o porquê dos investimentos que fariam e de quanto iam poupar, isso não interessa. O importante é "manterem as aparências" da contenção dos gastos públicos.
Senhor Primeiro-ministro comece a escutar a quem, todos os dias, pede para "poupar" e "conter os gastos".
Bom... e por hoje basta!
Até parece que estou a tirar o lugar ao Miguel Sousa Tavares, eh, eh...
Beijos,
da Princesa
2 comments:
Ouvi essas declarações na rádio e pensei o mesmo que tu. Humildade precisa-se...
Ah, e o MST não tem metade do teu charme!
Salvé Princesa!
Um do Povo.
Ops!!! Acho que perdi uma resposta que te dei... recapitulemos:
- Txs my friend! És um querido.
Só tenho pena é de não ter a pedalada do MST para escrever mas, já ando a treinar, eh, eh...
Talvez um dia... quem sabe.
A princesa do povo ;)
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