Sunday, April 15, 2007

Frida

O meu primeiro e verdadeiro contacto com a obra de Frida Kahlo ocorreu em 2005 quando visitei, na cidade do México, a sua casa museu onde viveu com Diego Rivera até ao ano da sua morte, 1954.
A "Casa Azul" (assim conhecida devido à côr da sua fachada exterior) foi transformada em museu após a sua morte e guarda um valioso espólio da pintora, onde se destacam vários dos seus quadros e um cem número de valiosos objectos pessoais (vestuário, sapatos, jóias, ...).
A visão demasiado comercial daquele espaço quando visitado, ganhou agora uma nova dimensão e uma emoção indescritível quando hoje vi o filme "Frida".
Julie Taymor captou a arte, a garra, a alma, a dôr, o amor, a paixão e o grande sofrimento de Frida Kahlo.
As cores e a magia mexicanas estão sempre presentes ao longo de toda a história e a essência do "eu" feminino abraça a tela de forma soberba, percorrendo em espiral turbulenta todos os poros da nossa pele.
Esta película tem a imensa capacidade de nos fazer entender porque é que as mulheres são de Vénus e os homens são de Marte.
Beijos,
da Princesa

3 comments:

Cravo a Canela said...

Pois eu ainda não tive o prazer de visitar o México, mas tive a felicidade de ver este filme no cinema, há uns anos atrás.
É verdade que a relação do cinema com as outras artes nem sempre foi pacífica, e nem sempre a película fez jus à música, pintura ou livro nela retratados. Mas este é um daqueles casos em que se sai da sala de projecção com vontade de ir direito à sala de exposições.
Eu vi o filme quando estreou, e o ano passado não descansei enquanto não vi a exposição de Frida que esteve no CCB. E foram dois momentos mágicos e complementares.
E fiquei absolutamente fascinado com Frida, e com Selma Hayek!

PS: Não esquecer que existem mais planetas no sistema solar... ;)

Princesa Isabel said...

Toda a razão mas, tens de concordar que Marte e Vénus acentam na perfeição ;)

Cravo a Canela said...

Na maioria dos casos, sim. Mas felizmente vão havendo minorias...