E quando estou um pouquinho mais cansada, uma das coisas que maior prazer me dá, no final da noite, tranquila e silenciosa, é abrir um livro e ler, um pouco de prosa ou poesia.
Uma das grandes paixões é a minha adorada e imortal, Sophia de Mello Breyner Andresen.
Hoje, foi dia do Mar...
Beijos,
da Princesa!
Mar
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua
Cheiro a terra as árvores e o vento
Que a Primavera enche de perfumes Mas neles só quero e só procuro A selvagem exalação das ondas Subindo para os astros como um grito puro.
(in Poesia, 1944)
Iremos juntos sozinhos pela areia
Embalados no dia Colhendo as algas roxas e os corais Que na praia deixou a maré cheia.
As palavras que disseres e que eu disser
Serão somente as palavras que há nas coisas Virás comigo desumanamente Como vêm as ondas com o vento.
O belo dia liso como um linho
Interminável será sem um defeito Cheio de imagens e conhecimento.
(in No Tempo Dividido, 1954)
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