Wednesday, February 24, 2016

Umberto Eco (1932-2016)


Morreu, na passada 6ª Feira,  19 de Fevereiro, um grande homem, a quem devo esta homenagem do coração.
Grande escritor, ensaísta, pensador e filósofo, que aprendi a conhecer melhor e a admirar, mais ainda, nos meus tempos de Faculdade, no início dos anos 90.
 
Foi no decorrer dos cinco anos da minha licenciatura em Sociologia, que tomei maior contato com  a sua obra. Até então, só conhecia “O Nome da Rosa”(1980), mais tarde adaptada ao cinema (1986), sob a direção do talentoso Jean-Jacques Annaud e com o grande Sean Connery, a dar vida à personagem central, William de Baskerville.

Umberto Eco, senhor de uma lucidez impressionante, era frontal e mordaz, na sua análise social e política. Foi à conta dessa audácia, de voz e de escrita, que conseguiu chegar a uma vasta audiência global e de massas,  até então não conseguida, pelo discurso filosófico de outros autores.

Com uma paixão bem especial, pelo período Medieval e pelos fenómenos da Semiótica, conseguiu imprimir às suas obras e aos seus ensaios, uma conjugação fabulosa entre História, Suspense e Aventura.
 
Das obras que mais me marcaram e contribuiram para atiçar a escolha da minha vertente preferida, a da Sociologia da Comunicação, encantaram-me para além do “Nome da Rosa”,  O Pêndulo de Foucault”, “Diário Mínimo” e “Apocalípticos e Integrados”.

Num dos artigos que li esta semana (Jornal de Hoje, 23 Fevereiro), adorei recordar uma  sua afirmação recente, a propósito do uso excessivo e descontrolado das Redes Sociais e da negação, cada vez mais evidente, dos hábitos de leitura: 

"Quem não lê quando chegar aos setenta anos, terá vivido só uma vida. Quem lê terá vivido cinco mil anos.”  

Um adeus sentido a quem nos deixou, este legado tão imenso. 

Espero, que continue a escrever e a ler, onde quer que esteja! 

Beijos,
da Princesa! (eternamente apaixonada pela Leitura e pela Escrita!)

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