Morreu, na passada 6ª Feira, 19 de Fevereiro, um grande homem, a quem devo
esta homenagem do coração.
Grande escritor, ensaísta, pensador e filósofo, que aprendi
a conhecer melhor e a admirar, mais ainda, nos meus tempos de Faculdade, no
início dos anos 90.
Foi no decorrer dos cinco anos da minha licenciatura em Sociologia, que tomei
maior contato com a sua obra. Até então, só conhecia “O Nome da
Rosa”(1980), mais tarde adaptada ao cinema (1986), sob a direção do talentoso Jean-Jacques Annaud e com o grande Sean Connery, a dar vida à personagem central, William de Baskerville.
Umberto Eco, senhor de uma lucidez impressionante, era frontal e mordaz, na sua análise social e política. Foi à conta dessa audácia, de voz e de escrita, que conseguiu chegar a uma vasta audiência global e de massas, até então não conseguida, pelo discurso filosófico de outros autores.
Com uma paixão bem especial,
pelo período Medieval e pelos fenómenos da Semiótica, conseguiu imprimir às
suas obras e aos seus ensaios, uma conjugação fabulosa entre História,
Suspense e Aventura.
Das obras que mais me marcaram e contribuiram para atiçar a escolha da minha vertente preferida, a da
Sociologia da Comunicação, encantaram-me para além do “Nome da Rosa”, “O Pêndulo de Foucault”,
“Diário Mínimo” e “Apocalípticos e Integrados”.
Num dos artigos que li esta semana
(Jornal de Hoje, 23 Fevereiro), adorei recordar uma sua afirmação recente, a propósito do uso excessivo e descontrolado das Redes Sociais e
da negação, cada vez mais evidente, dos hábitos de leitura:
"Quem não lê
quando chegar aos setenta anos, terá vivido só uma vida. Quem lê terá vivido
cinco mil anos.”
Um adeus sentido a quem nos deixou, este legado tão imenso.
Espero, que continue a escrever e a ler, onde quer que
esteja!
Beijos,
da Princesa! (eternamente apaixonada pela Leitura e pela
Escrita!)
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