Nada como uma bela tarde de Outono, entregue à preguiça...

Se há coisa que mais adoro são os poucos momentos que tenho para preguiçar, nesta vida intensa de trabalho que levo, embora, com muito prazer.
Hoje, estou a disfrutar da temperatura amena do lar, da cadeira confortável em que, habitualmente, me sento para escrever, ou ver um filme, ou ler, ou o que quer que seja..., agora, foi a vez de rever um belo filme, "Assim é o Amor"!
Normalmente, antes de começar a ver um filme ou antes de me deitar, tenho a mania de pegar num dos muitos livros que me rodeiam, prosa ou poesia tanto faz, e leio um pouquinho.
Hoje, foi de novo, a vez do "Mar de Abril", da minha querida amiga Maria Morgado.
Abro sempre ao calhas e hoje saiu-me a página 57, ironia do destino...
Aqui fica a transcrição querida Maria Morgado, porque merece muito, ser divulgada.
O poema é lindo e pleno de sentimento.
Como te compreendo bem, Maria...
Eh lá, esta fez-me lembrar o meu querido Professor Julio Machado Vaz, a falar com a sua eterna, imortal e ternurenta, Maria...
Maria..., acho que já li quase todos os poemas do teu livro mas aposto, que vou reler alguns...

CEGUEI
Ceguei
de tanto te amar e tanto te querer
Ceguei
de te olhar todos os dias e não te ver
Ceguei
de ter o teu cheiro em mim e não te sentir
e tu emudeceste
porque falo contigo e não me respondes
porque te beijo e não sentes nada
porque te estendo a mão e nem sequer a vês!
Cegaste...


Beijos,
da Princesa! (e amante da leitura, num lugar tranquilo e em paz)