Hoje foi mais um dia duro, mas gratificante, confesso. Correu bem!
Ando a despertar com as galinhas, às 06h30m "de la matina" e a chegar a casa à hora em que os lobisomens começam a preparar-se para a noite de assombração, isto é, cerca das 21h00m.
Mesmo assim, consigo arranjar energia, suficiente, para preparar uma refeição "very light" e saudável.
É um dos meus momentos de descontração, quase de meditação, em que a cabeça faz "reset" ao dia e fica limpa, vazia e clara, como a alvorada de um belo dia de Verão.
A minha calma e o meu sentimento de paz, hoje em especial, são uma homenagem à poetisa que tanto admiro e venero, Sophia de Mello Breyner, que hoje chegou ao Panteão Nacional, com toda a justiça.
Beijos,
da Princesa!
Quando
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Dia do Mar'
3 comments:
cada vez que a leio descubro-a ainda mais incrivel, uma inteligencia e sensibilidade notavéis, que sempre andavam juntas e resultavam em palavras tão acertadas uma escritora que todos deviam ter a oportunidade de ler
é uma escritora incrivel inteligente e sensivel, sempre tão acertada e profunda, adoro e recentemente li este mesmo poema num livro que tenho por cá bejos e boas leituras
Sophia é eterna!
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