Histórias de Gente Vulgar II...

Em Setembro de 2009 escrevi um post à volta do tema supra citado, em título...
Mas hoje, não vou falar de "Ídolos" nem de "Factor X", nem de candidatos a stars mas de gente ainda mais simples, ainda mais vulgar, incógnita na multidão. Provavelmente, nunca pisaram um palco para tocar, para cantar, para dançar ou para fazer teatro, ou até para dar uma simples entrevista, gente que circula por ai de forma discreta e praticamente invisível.
Posso afirmar-vos que no pequeno Mundo que me rodeia, me tenho cruzado com verdadeiros heróis e heroínas que mesmo com o pouco que possuem, têm muito para dar e na verdade dão, sempre, de forma incondicional e desinteressada.
Há quem vos reconheça e, de facto, não são as grandes audiências mediáticas mas, quem se cruza convosco nos momentos em que estão lá a levar a refeição de fim-de-semana, a distribuir os brinquedos de Natal, a ajudar nos treinos, and so on, and so on, and so on...
Tenho muito orgulho em vocês e adoro-vos a todo(a)s!
Um grande abraço para todos os que fazem trabalho voluntário, de carácter social e dão um bocadinho maravilhoso das vossas vidas, a quem realmente precisa de carinho, de uma festa, de atenção, de um abraço, de um sorriso, de uma refeição quentinha, de um brinquedo...
Maria, Inês, Rodrigo, Celestino, e todo(a)s os que trabalham com vocês..., sou vossa fã, incondicional!

Beijos,
da Princesa!

Uma factura com numero de Contribuinte e pode ter um automóvel no sapatinho, mesmo sem ser no Natal…

Ideia de mentecaptos e de atrasados mentais, com espírito pidesco, só pode.
Então os caros contribuintes não sabem que podem abater uns miseráveis 250 Euros de benefícios fiscais no vosso IRS, se apresentarem facturas de restauração, de salões de beleza, de cabeleireiros, de SPAS e de outras cenas afins, se torrarem 9000 Euros por ano nestas pequenas insignificâncias? Se não sabem é porque são muito distraídos!
Estive a fazer as contas ao meu salário líquido, em números redondos, e cheguei à brilhante conclusão que precisava torrar cerca de 5 ordenados anuais nestes gastos de primeiríssima necessidade, para abater a abastada verba no meu Imposto pessoal.
De facto, reconheço que mesmo com um ordenado acima da média Portuguesa, embora tenha estudado nove anos à noite a lutar por isso, teria de gastar muito espelho para ver tanto penteado novo e de encher muita barriga, longe do fogão caseiro.
Fazendo as contas remanescentes, apesar de não ter renda para pagar pois a casa é minha, as despesas com Luz, Gás, Água, Impostos Municipais (IMI e Taxa de Esgotos), Seguros de Saúde, de Vida e da Casa, perfazem, aproximadamente, mais 2 ordenados, ou seja, sem comer nem beber, sem fazer as despesas básicas de vestir, calçar e de saúde, sobravam-me apenas 5 ordenados para o ano inteiro, sem contar com os subsídios de Férias e de Natal, que são para isso mesmo ou para poupanças, para o que der e vier.
E não querem saber? Cheguei à conclusão que sou uma felizarda pois ficava com cerca de 25 Euros por dia durante todo o ano para as necessidades básicas, o equivalente em média diária, aos tais 9.000 Euros para cabeleireiros, salões de beleza, SPAs e afins…
Mas, o pior de tudo é que gosto de ir ao cinema, ao teatro, ver concertos, comprar livros e CDs e ia ter que tirar à média diária destinada à barriguita, à roupinha, ao sapatinho e à saúde, para poder manter o vício e a paixão pela Arte! Em resumo, a minha sorte é que não como carne e as alfaces, as couves e as maçãs, são geralmente mais baratas que o bife do lombo ou da vazia, senão não sei o que seria de mim.
Será que os nossos Ministros da Economia e das Finanças não sabem fazer contas ou estão, simplesmente, a reger-se pelas vidas de luxo que fazem, à conta da Classe Média?
E para cúmulo de toda esta “desinteligência” ainda vêm acenar ao pagode com o engodo do sorteio de prémios semanais, a quem pedir factura com número de Contribuinte? Então a factura sem identificação específica, emitida para o consumidor final já não é válida?
Cá por mim nunca vão ter o prazer de saber que é o habilidoso cabeleireiro do Chiado que me pinta o cabelo, nem a talentosa cabeleireira que mo corta. Bem feito!
Malta, ponham-se a pau, ou ainda vos sai uma caixa de preservativos no brinde, para não aumentarem o número de velhos futuros, com direito a pensão reforma.
Haja paciência “Senhores Políticos”…

Ah!!! Caraças!!!! Já me esquecia...

Beijos,
da Princesa! :)

Balanço de um ano quase a acabar...

Todos os anos gosto de fazer esta reflexão na tentativa de avaliar o que mais contribuiu para o meu bem-estar ou o que foi uma pedra no sapato na progressão positiva ao longo dos 365 dias a percorrer.
Muito se passou em todas as dimensões e a todos os níveis e pensando bem, mantive...

- a atenção sobre o que se passa à minha volta, de melhor e de pior
- a vontade de ser solidário com quem tem menos
- a consciência social
- as saudades da minha querida Vanessa, tão longe e tão perto do meu coração
- as carolices com o meu cara-metade, eheheheh...
- a minha forte dedicação ao Ashtanga Yoga, que tanto tem construído para o meu bem estar físico e para a minha sanidade mental
- a rebeldia em relação ao que politicamente me rodeia, que infelizmente se tem revelado, recorrentemente, com o que há de pior
- a vontade de estar presente nas manifestações de protesto
- a vida profissional bem activa e agitada; antes isso, do que não ter trabalho..., é o que sempre penso, quando o desgaste acusa mais
- a boa disposição e a calma, nos piores momentos
- o prazer da companhia de alguns amigos e amigas do coração
- os poucos momentos vividos "ao vivo", na companhia da minha filha, durante as férias
- as idas ao cinema e aos concertos, na companhia habitual da minha mana Ana Cristina
- os abraços, os sorrisos e as larachas, trocadas com os meus sobrinhos queridos
- as conversas e as trocas de "lógicas" com o mano Rui
- a admiração pela pachorra e força, da minha cunhada Zinha
- o orgulho na capacidade de gestão da minha linda Inês
- o reconhecimento do esforço e disciplina dos meus corredores favoritos, Rodrigo, Camila e Guilherme e, também, a alegria de partilhar os festejos das belas marcas que fizeram e, vão continuar a fazer
- o prazer de ler e ouvir música e o de continuar a poder comprar livros e CDs, para alimentar esse mesmo prazer
- o gosto por comprar uns trapos giros, de quando em vez, eheheh
- o prazer de olhar e de mergulhar no nosso mar azul e verde e, também, o de sentir o Sol e a areia quentinha debaixo dos meus pés descalços
- o gosto em cozinhar e experimentar novos desafios na cozinha..., sempre a inovar
- a alegria de viver e de estar viva

Ena pá, a lista vai longa, com tantos prazeres, rebeldias e gostos... e, apesar de tudo, penso que foi um bom balanço.

Um Bom 2014, para todos nós!

Beijos,
da Princesa!

"Treinar o Benfica ou o Sporting? “Impossível”, diz André Villas-Boas...

Pois é "Mister" André Villas-Boas, desta vez caiu a admiração que tinha por si como treinador de futebol, com alguma postura e compostura, que lhe eram habituais.
Na área desportiva, ouvir um técnico conceituado, que está ainda a construir carreira, dizer uma barbaridade dessas soa mesmo muito mal e não é, minimamente, correcto. O que parece, quer o reconheça ou não, é que se está a bater, descaradamente, ao lugar do actual treinador do FCP, o que eticamente deixa muito a desejar.
Presumo que os salários que auferiu nos últimos anos lhe vão permitir viver desafogadamente sem trabalho, por muito tempo. Espero que se assim mantenha folgado por mais uma época ou duas ou três... e depois, logo veremos se mantém o mesmo discurso de pose. Por mim, gostaria que nem o Benfica, nem o Sporting lhe viessem algum dia a fazer, qualquer tipo de proposta de trabalho.
Lamentável meu "caro Watson", simplesmente, lamentável e de mau gosto!

Beijos,
da Princesa!

O Natal e os Bonecos Animados...

Estou por aqui a ver a "Idade do Gelo III" e a rir sozinha que nem uma tonta, com as palhaçadas dos personagens.
A divertida preguiça Cid, o estouvado esquilo que sonha e tem pesadelos com a bolota que, eternamente, lhe escapa das mãos (i. é, das patas, eheheh...), os mamutes Manny, Elly e a filhota Pêssegos, o tigre Diego, os dinossauros "assustadores"... e mesmo que me quisesse controlar, não ia ser possível.
Sou fã incondicional deste reino de fantasia dos filmes animados e nunca me consigo conter. Rio, sempre, sem parar..., e até acho que os meus olhos brilham mais do que nunca, apesar de não os conseguir ver, eheheheh!!!
Vivam os desenhos animados!!!!

Beijos,
da Princesa!

Seis anos passaram...

http://wwwprincesaportugal.blogspot.pt/2007/12/me.html

Acordei esta manhã a pensar na minha mãe e percebi que seis anos já se passaram, desde a sua morte.
Lembro-me dela muitas vezes, por tudo e por nada, em frases soltas que me despertam a memória ou, em pequenos episódios de vida que me fazem recordar os seus conselhos, os seus comentários, os seus reparos, os seus sorrisos e as suas gargalhadas. Às vezes, recordo alguns, quando estou à conversa depois de um cafezinho, com o mano Rui.
Lembro-me do seu cuidado com o corpo, com o peso e com a linha, apesar de ser uma pessoa simples e pouco produzida, lembro-me da satisfação com que se deliciava com uma bela sopa de legumes, com que saboreava uma cabeça de bacalhau ou, uma bela peça de fruta.
Lembro-me, lembro-me, lembro-me..., sempre! Hoje, não sei porquê, lembro-me ainda mais.
Se calhar anda por aqui perto a matar saudades minhas e, à espera do bacalhau com azeite da noite de Consoada e dos sonhos de abóbora, que tanto adorava preparar e saborear!

Um abraço apertado Mãe e Feliz Natal, onde quer que estejas!

Beijos,
da Princesa!

A solidão…

Não é certamente só a mim que me acontecem estas coisas mas às vezes penso que há qualquer coisa que as atrai, nem sem bem porquê.
Hoje ao regressar de mais uma viagem ao Porto parei a meio para descansar um pouco, como habitualmente, e entrei numa daquelas estações de serviço, mais ou menos desérticas, da A17.
Quando me dirigia à casa de banho reparei na jovem empregada de serviço, sentada numa das mesas a meio da sala, a ver televisão, certamente para fazer tempo e se distrair um pouco, já que a loja se encontrava sem qualquer outro cliente. Ao regressar, dirigi-me ao balcão e pedi um café, que fui bebendo, sem pressa.
Quando dei por mim, a jovem falava que nem uma desalmada sobre o filho hiperactivo e sobre as estratégias que ela e a professora da escola primária encontraram para lhe captar a atenção e interesse, pelas coisas que aprendia. Parecia que eu era amiga de longa data, e o relato mantinha-se vivo jorrando as palavras, como se alguém tivesse aberto uma torneira de água, para encher um balde sem fundo.
Impossível não reparar na falta de vários dentes laterais no maxilar superior, na cor do cabelo claro e sem brilho, na pele branca sem rosetas, enfim…, deu para ver tudo ao pormenor e, sobretudo, deu para perceber a sua necessidade, quase desesperada, de falar com alguém que se dignasse a dar-lhe um pouco de atenção.
Fui respondendo conforme pude e fiquei por ali, mais algum tempo do que contava. Quando me despedi dela e lhe desejei Boas Festas, quase me deu pena, pois percebi que ainda estava disposta a falar, a falar, a falar…, todas as palavras reprimidas na solidão daquele trabalho e, até talvez, numa vida acinzentada, fora daquelas quatro paredes.
O estado dos dentes deu para perceber que, pelo menos no plano económico, não seria uma vida famosa. O resto não sei!
Talvez se tivesse ficado a ouvi-la…, quem sabe a sua vida não daria uma novela?

Beijos,
da Princesa!

Não me apetece este Natal…

E o primeiro sinal é que ainda não fiz a árvore de Natal, coisa rara e nunca vista, e não sei se a virei a fazer. Por mais que pergunte a mim mesma porque é que este ano estou assim, não consigo encontrar uma explicação fácil ou imediata, assim daquelas que aparecem com o "estalar dos dedos".

Talvez o ambiente Social não contribua para a habitual euforia, quer por cá, quer por esse Mundo fora. Desde os conflitos armados, às crises económica e de ideias, tudo parece contribuir para ofuscar o brilho das luzes Natalícias e do espírito da época.

É nestas alturas que gostava de voltar a ser criança para pensar menos ou para, pelo menos, não pensar em coisas mais sérias.

Beijos,

da Princesa

Madiba forever!

E por mais que não tente pensar nesta perda irreparável, continuo a pensar em Nelson Mandela.
Desculpem falar nestas mesquinhices mas não posso deixar de referir que me dá asco ouvir o "nosso" Presidente da República, Cavaco Silva, a decretar três dias de luto Nacional quando ele mesmo, em 1987, enquanto Primeiro Ministro de Portugal, votou contra a resolução da ONU que exigia a libertação de Nelson Mandela, agachado e subserviente aos Estados Unidos da América, de Reagan e... ao Reino Unido, de Thatcher. Como é que possível ter tanta "cara de pau" e tanto cinismo?
Bom, decididamente não interessa dar mais destaque a estes actos de pouco carácter já que o que é realmente importante é este momento de homenagem ao grande Presidente Nelson Mandela, herói eterno da África do Sul e do Mundo!
A 27 de Abril de 1994, milhões de Sul-africanos, independentemente da sua cor de pele, raça ou crença religiosa, votaram em liberdade na África do Sul e elegeram-no seu Presidente.
Foi um feito histórico e uma dádiva para aquele País e para todo o Mundo.
Madiba, como carinhosamente o baptizaram, foi um líder político inconfundível, de uma nobreza e de uma grandeza de Alma, fora do comum. Ele transformou os seus inimigos em parceiros de viagem.

"Que a Liberdade viva! Deus abençoe África!" (Nelson Mandela)

Long live Mandela in our hearts!


Beijos,
da Princesa!

Pedro Passos Coelho, no seu pior...

O "nosso", embora não o considere meu pois não votei nele, primeiro-ministro Passos Coelho, teve hoje a distinta lata de dizer que os nossos jovens são uma grande esperança para a transformação da economia Portuguesa e que os seus níveis de qualificação serão um factor crítico para o fim da nossa actual crise e, imaginem, até um factor crítico para evitar as crises que se avizinhem num próximo futuro.
É preciso ter uma grande lata para dizer tal coisa, principalmente quando este mesmo PM, há muito pouco tempo, afirmou que a crise era uma "janela de oportunidades" para os jovens Portugueses que optassem por sair do País, e procurassem o seu rumo presente e futuro, em países estrangeiros.
Só desejo, que um qualquer jovem apareça por aí para o tirar do poleiro, que realmente não merece, nem ele, nem os parasitas e desnudados de ideias que o rodeiam!

Beijos,
da Princesa!