Diálogos vazios...

Jantava ontem entre amigos e, sem nada ter feito por isso, chegavam-me aos ouvidos os diálogos de uma mesa bem próxima de nós... Não passou muito tempo e dei por mim a trocar os olhares cumplices do costume com a minha "mana" e, claro, como era de esperar, o riso soltou-se fácil e caústico, eheheheh...
"Então estiveste na neve? Não se nota nada pá! Não estás bronzeado!!!
Sacrilégio!!!!
Ir para a porra da neve lá longe, ou até aqui bem perto na Serra da Estrela, quicá..., gastar uma pipa de massa (que à vezes leva um ano ou mais a pagar) e nem sequer trazer a bela da marca dos óculos protectores na fuça, nem o nariz vermelho queimado do frio, não faz... absolutamente, qualquer sentido e sobretudo, não tem qualquer graça. Pelo amor de Deus!
E agora? Como é que a malta vai provar que fez umas miseráveis férias de 3 ou 4 dias na neve? Sheettt!!!!
Mas as conversas são como as cerejas e lá iam mudando de rumo...
"Ah.... é verdade... Sabes que afinal sempre vamos ter lá em casa, o tal plasma "XPTO"? Vai ser a meias com o pai do G... Lá terá que ser né? Sózinhos é impossível! Vamos ter que esperar pelo patrocínio."
"E aquela saia fantástica do CI? Simplesmente, um must! Tenho de ir buscá-la! Vai-me ficar a matar!"
And this and that, and this and that, and this and that... blá, blá, blá, blá...
E de futilidade em futilidade, lá iam os jovens animando as conversas ocas, que em Português vernáculo eu apelidaria de... "conversinhas de ir ao dito c...".
Sorry, mas há coisas que me incomodam pelo lado vazio com que se revelam.
Então e os afetos, o carinho e a amizade? Será que nada mais há para dizer ou para conversar, entre um grupo de jovens amigos?
Juro que não fiz por mal... mas, estava mesmo ali ao lado e as palavras ocas eram tantas e tão óbvias que era impossível não dar por elas.
Só eles é que não percebiam... pois surfavam na perfeição, na crista da onda daquela conversa banal e sem conteudo, que mais me parecia uma "never ending story"...
God save me!

Beijos,
da Princesa!

Paulo Portas "sem tapete"..., finalmente!

Pois é Mr. PP, o Zé Povinho tirou-lhe o tapete e agora não sabemos o que fazer..., eheheh...
É só preocupações e dores de cabeça entre viagens "diplomáticas", né?
O tempo da bela febra a pingar no pão e do coirato grelhado com pelo, na grelha do churrasco da feira, já era, "hace mucho tiempo"!!!! Agora o caviar e o champanhe são muito mais suados (quer Vossa Excelência fazer crer) e o fio dentário para limpar os implantes com vigor é, verdadeiramente, suado.
Encurralado, finalmente, encurralado Mr. PP!!!
Relvas de um lado e Gaspar do outro. Venha o Diabo e escolha! Vá de retro oh Satanás!
E agora? Como é que vamos arranjar uma bela desculpa para o Povo? A malta já não acredita!
É que de boas intenções está o Inferno cheio, já dizia a minha querida mãe.
Falhou o momento de tomar decisões... enfim, faltou a imaginação e a capacidade de prever a "borrada" de estar ligado e de compactuar com gente que nada entende de competitividade, de criação de riqueza, de dinamismo, de Economias dinâmicas, de inovação, de criatividade, and so on, and so on, and so on...
Detesto políticos cheios de empáfia, armados em finos mas, de cabeças vazias de ideias e cheias de "nada"...
Verdadeiros oportunistas, despejados de Amor pelo País que "dizem" representar..., infelizmente para todos nós, da pior maneira possível.
Xispa!

Beijos,
da Princesa!

Willow na terra da magia...

Revi hoje, pela terceira vez e nunca me canso desta história mágica, fantática!
Ternura, fantasia, cores em tom de pastel, imaginário, personagens dos meus contos de bruxas e fadas, o Mal e o Bem em batalhas ferozes.
Vence sempre o Bem, claro! Nem outra coisa seria de esperar...

http://www.youtube.com/watch?v=D-P03NGSP6Y

Beijos,
da Princesa!

"A crise sócio-económica atira as pessoas para a margem..."

Hoje ouvi a frase do título deste "post" num documentário sobre o bairro do Casal Ventoso, em Lisboa e..., não sei bem porquê (ou até sei porque conheço as minhas convicções), bateu cá dentro desta alma sempre alerta.
Parabéns à SIC e ao jornalista Luís Garriapa, ao repórter de imagem Rafael Homem, ao editor de imagem Ricardo Sant’Ana, à produção de Diana Matias e Madalena Durão, à coordenação de Maria João Ruela e à direcção de Alcides Vieira, responsáveis pelo excelente trabalho a que eu e muitos outros Portugueses assistiram, certamente.
Dá, efectivamente, para pensar no sentido profundo destas palavras simples.
Não é por acaso que as "bombásticas" notícias sobre o suicídio em Portugal e sobre alguns comportamentos considerados desviantes, voltaram às paragonas dos jornais e dos noticiários televisivos.
O pai que se atirou ao poço e levou o filho consigo, para a morte certa...
A mãe que se fechou em casa e incendiou o espaço, depois de fechar os filhos no quarto...
Segundo dados estatísticos apresentados a 14 de Março passado, pelo semanário Sol,...
"Portugal é o terceiro país da Europa onde o suicídio mais cresceu nos últimos 15 anos, estimando-se que morram mais de cinco pessoas por dia." e...
"Em Portugal, as doenças mentais comuns afetam quase 23 por cento (%) dos portugueses adultos (mais de dois milhões por ano) e a depressão afeta 7,9% dos adultos (400 mil pessoas), sendo o suicídio uma complicação médica resultante destas perturbações mentais, em particular da depressão."
Lembrou-me um trabalho que fiz no I.S.C.T.E. sobre o suicídio.
1º Ano..., caloira de 30 anitos, cheia de garra e com uma boa estrutura mental, uma escrita fluente e uma convincente  resposta na ponta da língua afiada, que ainda hoje subsiste, graças a Deus e a "mim".
O trabalho valeu-me 15 valores!
O professor, nem imaginam vocês quem era....
Mr. Paulo Pedroso, um bom Mestre de "Teorias Sociológicas I e II". O resto não sei...
Dá para pensar, principalmente para quem apesar de trabalhar intensivamente, tem sempre o ordenado certo ao fim do mês na conta bancária e, sobretudo, é respeitada na empresa onde trabalha.
Será que os nossos governantes não conseguem perceber o que se passa? Será que são assim tão insensíveis e tão despreocupados com a saúde mental e física deste País fantástico?
O Autismo é uma doença grave e, infelizmente, sem cura. É obrigatório sermos criativos para vencer a doença!
Sou uma mulher de convicções positivas e, sobretudo, com muita ESPERANÇA, num futuro melhor, que inclua TODOS NÓS!

Beijos,
da Princesa!

The Cloud...

E não é que há malta que acredita que os nossos ficheiros gigantescos andam por aí a passear pelas nuvens??? ´
Lolllloollloolll!
Inovação, tecnologia, conectividade, criatividade...
O Universo é denso e louco, quase a imitar as alucinações do nosso querido Fernando Pessoa...
Desliguem-se e escutem a voz de um poeta...

Beijos,
da Princesa!


Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

(Fernando Pessoa, in "Cancioneiro")

Sem "vergonha na cara"...

Indescritível a "cara de pau" destes teóricos da tanga...
Como é possível manter esta postura de gozo com os Portugueses e anunciar, em simultâneo, uma expectável taxa de desemprego para 2014 de cerca de 18% ???
1 milhão de trabalhadore(a)s??? E acham que estamos no "rumo certo"????
Vá de retro Satanás!!! Também, dizia... a minha doce mãe que se esfalfou a trabalhar para me calhar um bocadinho de um Mundo melhor..., pensava ela na sua ingenuidade e bem querença.
Onde quer que esteja, a esta altura... está, certamente, bem apreensiva e com ganas de esganar alguém, isto é, "alguéns" até admitirem que têm de pedir perdão e reparar o mal feito aos 10 milhões de enganado(a)s deste Portugal fantástico!!!
Xispa! Tsssssss!!!

Beijos,
da Princesa!

Ohares...

Quando hoje regressava a casa, já o tráfego automóvel era escasso, dei por mim a reparar no jeito das gentes que passavam junto ao meu carro, na lateral dos passeios ou nas passadeiras que me faziam abrandar a marcha, para dar passagem. Heranças de uma estudante de Sociologia, sempre com o faro aguçado para espreitar para o lado de lá da cortina entreaberta da janela...
Dei passagem a um homem, já gasto pelos muitos anos, uns setenta..., talvez. Caminhava devagar, com alguma dificuldade e passo incerto. Atravessava a passadeira de peões, mesmo ali, à minha frente. Sapatos gastos e calças curtas, bem acima do tornozelo, de cabeça baixa e ar cansado. O olhar, se calhar distante, não deu para ver mas..., deu para imaginar as preocupações que lhe iam na alma e lhe ocupavam o pensamento.
Na lateral direita, uma mulher de idade incerta, mas não avançada, atravessa a rua apressada, provavelmente porque já estava atrasada para fazer o jantar do marido e dos filhos. A roupa descompensada e simples, não lhe assentava nada bem. Que pena...
À esquerda, uns quantos chavalos, de "phones" enfiados nas orelhas, ouviam uma música qualquer, provavelmente vulgar, com som de batuque descontrolado e sem graça. Deambulavam por ali, sem sentido, dando risadas altas e forçadas.
Não vi ninguém de olhar frontal e brilhante, de passo descontraído, de rosto alegre.. Dá para pensar!
O que é que se passa por aqui nesta terra linda?
Quase tudo o que nos rodeia neste momento, é o espelho de uma vivência social, ausente de ânimo e de vontade de sonhar com um futuro melhor, que pode estar tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe.
Oh my God!
Temos que salvar este País! É urgente!

Beijos,
da Princesa!

TODOS OS HOMENS SÃO MARICAS QUANDO ESTÃO COM GRIPE

Esta noite de Inverno, fria e chuvosa, fez-me lembrar um poema de António Lobo Antunes, que o querido José Fanha recita em tom bem jocoso e..., como ninguém.
Não me perguntem o que é que uma coisa tem a ver com a outra, porque não sei explicar.
Será que foi o espírito da data emblemática de ontem?
Às tantas...quiça? Eheheheh!

Beijos,
da Princesa!



TODOS OS HOMENS SÃO MARICAS QUANDO ESTÃO COM GRIPE
Pachos na testa
Terço na mão
Uma botija Chá de limão
Zaragatoas
Vinho com mel
Três aspirinas
Creme na pele
Dói-me a garganta
Chamo a mulher
Ai Lurdes, Lurdes
Que vou morrer
Mede-me a febre
Olha-me a goela
Cala os miúdos
Fecha a janela
Não quero canja
Nem a salada
Ai Lurdes, Lurdes
Não vales nada
Se tu sonhasses
Como me sinto
Já vejo a morte
Nunca te minto
Já vejo o inferno
Chamas diabos
Anjos estranhos
Cornos e rabos
Tigres sem listas
Bodes de tranças
Choros de corujas
Risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes
Que foi aquilo
Não é a chuva
No meu postigo
Ai Lurdes, Lurdes
Fica comigo
Não é o vento
A cirandar
Nem são as vozes
Que vêm do mar
Não é o pingo
De uma torneira
Põe-me a santinha
À cabeceira
Compõe-me a colcha
Fala ao prior
Pousa o Jesus
No cobertor
Chama o doutor
Passa a chamada
Ai Lurdes, Lurdes
Nem dás por nada
Faz-me tisanas
E pão-de-ló
Não te levantes
Que fico só
Aqui sózinho
A apodrecer
Ai Lurdes, Lurdes
Que vou morrer

Mulheres (Women)...

Palavras para quê? Sem elas não estaríamos aqui!
Restavam-nos apenas as fraldas, a comidinha na mesa a tempo e horas, o colarinho da camisa bem passada e sem rugas e ainda..., todas as belas proezas espectáveis das autênticas "fadas do lar"...
A minha grande e sentida homenagem a todas as que lutaram, em tempos e ambiências sociais e políticas, bem mais difíceis que as actuais.
Vivam as Mulheres, neste incontornável "Mundo de Homens", na maioria, parcos de imaginação e de sensibilidade. Felizmente, há ainda excepções dignas de referência... e, não são assim tão escassas como o meu discurso pode levar a crer.
Acima de tudo, vivam as Almas sensíveis e os amantes da igualdade e da justiça social, sejam eles de que género ou sexo forem!

Beijos,
da Princesa!

2 de Março... Manifestação em Lisboa! O que mais me impressionou...

Os sorrisos abertos, os olhares cumplices e solidários,
Famílias inteiras de braço dado, lado a lado..., avós, pais, mães, filhos pequenos e grandes, às cavalitas dos pais ou das mães, no carrinho de bébé, ao colo...
Novos, menos novos, adolescentes, pequenos jovens, crianças penduradas nos braços dos adultos a fazer perguntas e em bicos de pés para tentar ver mais além.
Mais ricos, menos ricos, remediados, pobres e no limiar da pobreza..., ou não.
Partidários e apartidários...
Cartazes plenos de imaginação ou perdidos em amontoados de letras e palavras coladas, quase ilegíveis,
Símbolos feitos de bonecada, de "coelhos" enforcados ou de Bugs Bunny sarcásticos.
Frases revolucionárias..., ou não..., plenas de sentido ou vazias.
Expressões diversas, rostos felizes ou apreensivos, gestos mais ou menos coordenados... e, sobretudo, aquele mar de gente que não parava de caminhar desde o Marquês de Pombal até à Praça do Comércio.
Olhava em frente e aquela onda humana era interminável, como se não acabasse nunca!
Não vou esquecer a tarde de Sábado passado, um 2 de Março 2013 mágico, na rua, de braço dao com a minha "mana" Cristina, entre a vasta multidão, unida por um sentimento comum, independentemente da idade, do sexo, da condição de vida do momento..., JUSTIÇA SOCIAL!
Espero que os autistas e distraídos que neste momento nos governam parem, um pouco, para pensar e  para refletir.
Sobretudo, deixem de discutir o número de aderentes à manifestação!!!
Afinal 500.000, 600.000, 350.000 ou 1.000.000 de manifestantes é, realmente, o que menos importa no momento e, apenas, um mero detalhe sem grande importância, a não ser, a de espicaçar as consciências de quem teima em virar a cara para o lado e teima em fingir que não vê o que é óbvio.
Realmente importante é reflectir sobre o que queremos deste Portugal fantástico... a curto, médio e longo prazo.

Grandola vila moreeena,
Terra da fraternidaade,
O povo é quem mais ordeena,
dentro de ti oh cidaade!

Zeca, sempre actual, forever and ever...
Mais do que em "Grandola Vila Morena" os "Vampiros" são a letra mais adequada, do momento...

Eles comem tudo, eles comem tudo,
Eles comem tudo e não deixam nada.

Beijos,
da Princesa!