A maldita crise

A maldita crise que nos persegue e não nos larga...
Não tem escapatória! Seja qual for o lado para onde nos viramos lá está ela, ali a espreitar pelo grande écran, tramsmitida em directo através das longas mesas de debate, recheadas de comentários "inteligentes" dos economistas e dos analistas mais credenciados da praça.
O facto é que quando os ouço anunciar que gigantes como a Ford e a General Motors, se o estado americano não injectar dinheiro, correm o risco de falência e que esse facto pode implicar o colapso de uma economia face aos milhões de desempregados que pode gerar (emprego directo e indirecto), que a economia espanhola está em recessão e em 2010 já pode apresentar um crescimento negativo (até há muito pouco tempo estava em plena expansão...) e que a economia alemã apresenta iguais problemas de recessão (ainda há pouco estava em sólida recuperação...), pergunto a mim mesma...
O que é que se passa?
Quem é que me andou a enganar? Os gestores? Os políticos? Os governantes?
São milhões e milhões de dólares e de euros, geridos virtualmente, durante a última década, espalhados por Offshores, ao belo prazer dos péssimos gestores das empresas e do Estado.
Estes verdadeiros paraísos fiscais serviram, sobretudo, para disfarçar a corrupção dos gestores envolvidos nas transações manhosas que se foram fazendo em todo o Mundo e que esconderam o verdadeiro "eu" das economias globais.
De repente é como se todo o Mundo estivesse a desabar e tivesse gerido, na última década, os seus activos e passivos dentro de uma Playstation, fazendo parte da própria virtualidade do jogo.
Talvez seja este o momento certo para parar, assentar os pés na terra e viver sem "fazer de conta" que somos todos o Roman Abramovich que, com a crise que vai por aí, se calhar também está aflito.

Beijos,
da Princesa