Thursday, August 14, 2008

À morte


Uns nascem, outros morrem... e tudo se transforma.
O título deste post é de um poema de Florbela Espanca que hoje quero dedicar ao meu amigo Norbert.
Para que esta mágica imagem da morte, possa suavizar um pouco a tristeza da sua perda.
Talvez Florbela nos quisesse fazer sentir que até com a Morte pode co-existir uma linda história de encantar.
Beijos,
da Princesa

À morte
(Florbela Espanca)
***

Morte, minha Senhora Dona Morte
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E como uma raiz, sereno e forte.
***
Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
***
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filha de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
À tua espera... quebra-me o encanto!
***

2 comments:

Anonymous said...

Nesta hora, certa de muito dor e sofrimento,não sejamos egoístas... deixar partir com o mínimo de sofrimento também nos deve reconfortar.

Um beijo grande ao Norbert

Princesa Isabel said...

Assim farei amiga!