Palavras para quê? És como o vinho do Porto! Quanto mais velho melhor, carago!
Uma noite inesquecível, a de ontem, no Meo Arena, com Rui Veloso e os fantásticos músicos que, com ele e com o público, partilharam aquele grande palco…
O grande Carlos Tê não esteve presente, em físico, mas estava lá presente, nos corações de todos nós!
O coro da Escola Superior de Música de Lisboa, conduzido pelo grande maestro Sousa Lourenço e os ENORMES talentos de Alexandre Manaia, Zé Nabo, Mário Barreiros, Diogo Martinho Alves, Jorge Grilo, António Serrano, Ruben Alves, Nanã Sousa Dias, Elmano Coelho, Ricardo Branco, Paulo Ramos, and so on, and so on, and so on…
35 anos de uma carreira brilhante, onde a experiência de palco transparece, 35 anos de um grande talento, 35 anos de uma voz que não vacila ao fim de 3 horas de espetáculo, 35 anos de letras e musicas inesquecíveis, mesmo que o ‘Alemão’ me venha a atacar um dia…
Sem mais palavras da minha autoria, aqui ficam as memórias...
Ó mar salgado eu sou só mais uma
das que aqui choram e te salgam a
espuma.
Também a má fortuna insiste
Em andar sempre a meu lado
Pergunto à musa porquê
Pergunto a vós que me ouvis
Também achais que um poeta
Só é bom quando infeliz ?
Ai, Senhor das Furnas,
Que escuro vai dentro de nós.
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezíria.
De boca em boca passar o saber,
Com os provérbios que ficam na
gíria.
Rompi eu as minhas calças
Esfolei mãos e joelhos
E tu reduziste o acordo
A um montão de cacos velhos
Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão
Mas nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca me esqueci de ti
Não, nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Agora em tudo o que faço
O tempo é tão relativo
Podes vir por um abraço
Podes vir sem ter motivo
Tens em mim o teu espaço
Todo o tempo do mundo
para ti tenho todo o tempo do
mundo
Todo o tempo do mundo
Não queiras saber de mim
Porque eu estou que não me
entendo
Dança tu que eu fico assim
Hoje não me recomendo
Jura que não vais ter uma
aventura
Porque eu hei-de estar sempre à
altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena
Quero o meu primeiro beijo
Não quero ficar impune
E dizer-te cara a cara
Muito mais é o que nos une
Que aquilo que nos separa
Era só a ti que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mão dada a
ouvir
Aquela música maluca sempre a
subir
Mas tu não ficaste nem meia-hora
Não fizeste um esforço p'ra
gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a
mesma canção
Não há estrelas no céu a dourar o
meu caminho,
Por mais amigos que tenha
sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa
para entrar,
Ter uma nota no bolso pr'a
cigarros e bilhar?
Fui ao baile da paróquia
La prós lados de Valbom...
Fui ao baile da paróquia
La prós lados de Valbom...
Vim de la feito num oito
Com a poupa esfrangalhada
E não me valeu de nada
Dizer que era baterista
Já ninguém tem respeito
Pelos excessos de um artista!
Um grande bem-haja ao Rui Veloso e a todos os grandes talentos que estiveram naquele palco, a encantar-nos e fazer-nos viver, um momento mágico e inesquecível!
Abençoados bilhetes, comprados em Maio passado!
Beijos,
da Princesa! (e eterna apaixonada, pela Música e por os que a ela se entregam, de alma e coração!)
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