É bem verdade que, apesar dos meus recentes dias estarem, ainda mais, bem preenchidos, na companhia da minha adorada filha Vanessa, me falham os meus habituais tempos de escrita e de reflexão, mais escassos no momento presente.
Sinto-lhes a falta e, como tal, hoje aqui estou eu, a matar o desejo e a saudade...
E escrever sobre o quê? Pergunto-me?
Não está fácil, já que poucos são os temas animadores, neste Mundo que nos rodeia, cada vez menos tolerante, cada vez menos humanista, cada vez mais afastado da verdadeira essência do ser humano, que só pode ser Amar e Partilhar.
Vejo crescer muros anti-imigrantes, com 175Km de comprimento e 4m de altura, junto à zona de fronteira no Sul da Hungria, quando pensava que tal já não seria possível, depois do célebre muro de Berlim, construido no início dos anos 60 e derrubado no final dos anos 80, celebrando a unificação da Alemanha e o final da Guerra Fria.
E não páro de perguntar a mim mesma, onde será que iremos parar, quando vejo as imagens de precaridade, de fome e de desespero, estampadas nos rostos dos que fogem da guerra e da morte certa no seu País, trocando-a, sem hesitar, por uma morte incerta, na imensidão do mar, no interior do porão de um qualquer navio ou, na caixa de um camião.
Em busca de um Paraíso ou da Terra Prometida, cada vez menos real, cada vez mais distante...
Não sei se vos acontece o mesmo, mas sempre que ouço ou vejo estas imagens, sinto o mesmo arrepio na espinha e salta-se a mesma lágrima teimosa e a mesma dúvida...
Porquê?
Beijos,
da Princesa! (que continua a acreditar, que o Mundo, é de todos, sem excepção!)
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