Hoje, depois de ler o artigo "As
falhas do Banco de Portugal nas quedas do BPN, BPP e BES", no Jornal Publico, dei comigo a pensar que é bem possível que a malta, tal como o nosso ex-Ministro, José Sócrates, comece a transportar o dinheiro em sacos de plástico ou a guardá-lo debaixo do colchão...
Efectivamente, sem qualquer margem para dúvida, o Banco de Portugal tem falhado, sistematicamente, o seu dever de supervisão sobre os grandes bancos privados e, convenhamos, que realmente não foi por falta de informação ao seu dispôr.Tal como diz o artigo, no qual destaco o final do segundo parágrafo, do abaixo transcrito...
"Os dados na posse da comissão parlamentar de inquérito (CPI) demonstram que a partir do primeiro semestre de 2013, o BdP conhecia a grande ligação do BES ao GES e a sua exposição descontrolada ao BES Angola, bem como a evolução e a natureza dos sucessivos aumentos de capital que indiciavam a fuga em frente. E tal como fez com o Banif (persuadiu os accionistas a pedirem ajuda à troika com a perda de controlo), o BdP podia ter forçado Salgado, ainda em 2013, a assumir perdas e a ir capitalizar o BES junto da linha pública da troika com 6000 milhões de euros livres (e teria evitado o caso PT).
Em 2007, as inspecções do BdP ao BPN também detectaram situações anómalas, com ausência de reforço de provisões, falta de informação sobre operações de crédito em offshores, práticas comerciais duvidosas - um verdadeiro manual do que não deve ser feito. Mas os indícios no caso BPN remontam à primeira metade da década passada quando vários auditores externos se recusaram a certificar as contas. Mas nos meses antes que antecederam a falência, o BPN apresentava insuficiências financeiras de quase mil milhões de euros, como foi então noticiado pelo PÚBLICO (21/6/2008). Daí poder afirmar-se que a supervisão do BdP ao BPN e ao BES funcionou como detector de problemas e não como seu corrector."
Não percebo então, qual o espanto da nossa dita "elite política e financeira" do momento, no que diz respeito à crescente quebra de confiança na Banca que, actualmente, é a maior usurária no pagamento de taxas de juros pagos aos depositantes, nomeadamente de poupanças a prazo, principalmente porque esse tipo de responsabilidade, associada à guarda de capitais privados, não lhes dá qualquer tipo de trabalho, em especial, e nem sequer envolve um esforço administrativo de gestão, com real significado ou impacto em tarefas de gestão dos mesmos.
Depois de um belo Domingo de praia e sol, pensar em coisas destas, até é capaz de estragar o final de dia...
Cambada, não têm outro nome!
Beijos,
da Princesa!
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