Lembro-me de ainda menina, talvez com os meus 8 ou 9 anitos, de me ter mascarado de Minhota, com fato a rigor.
Lenço, corpete, camisa branca, saia, avental, meia branca de renda e chinelinha preta.
Pena não ter nenhuma fotografia para imortalizar o dia, o momento e, sobretudo, a alegria que senti, dentro daquele fato lindo, que usei vaidosa, o dia todo, e que pavoneei pelo pátio da casa de Lisboa, a casa da Tu (a minha querida madrinha, de afeição).
Gordinha e desajeitada, como era na altura, senti-me a menina mais linda do bairro e até, do meu Mundo de então.
Deixaram-me pintar os lábios de vermelho rubro, para condizer com o lenço e a saia rodada, quase pecado original... que retive, naquelas tantas longas horas, a fio.
Não me atrevi, sequer, a beber um golo de água, pois ia quebrar a magia daquela boca vermelha linda, à qual só poderia almejar ou abraçar, naquela terça-feira, tão especial.
E o menino do pátio ao lado, o Ramiro, nem queria acreditar no que via...
Não tenho a foto mágica, mas deixo-vos aqui uma cópia do fato lindo, que me fez sonhar e que nunca mais esqueci, nem vou tirar dos confins dos meus pensamentos pois, passados milhares de anos, ainda o consigo ver de olhos fechados!
É a minha ascendência Minhota, por parte da minha linda Mãe, que fala mais alto.
Era tão lindo!
Beijos,
da Princesa!
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