Hoje, pareceu-me estranha aquela sensação de ler um texto que fazia parte de uma "Extrema Unção" Católica, assim daquela forma tão estruturada e impessoal mas..., apesar de tudo, quando li aquelas palavras foi de forma sentida e personalizada, em homenagem ao Sr. Manel, meu sogro.
Lembrei-me de quando me dizia, sempre com um sorriso maroto... a minha nora!
E olhava-me de modo malandro, quase que a perguntar:
E porque não oficializar?
Respeito a sua forma de ser e de se expressar, de maneira simples e modesta, como respeito todos e todas os que lutaram de forma estoica para conseguir uma vida um pouco melhor, vindos quase do nada (coisa que os nossos líderes de País nem sequer sabem ou, nem sequer imaginam o que significa).
Respeito a sua simplicidade de estar na Vida, porque me lembra a minha querida e adorada Mãe quando me dizia:
"Ai minha filha, quem inventou o provérbio "Deus dá o frio, conforme a roupa" nunca caminhou pela neve descalço como eu, em menina, com umas socas de madeira dura, a galgar aquelas serranias agrestes e frias... Ainda me lembro do barulho que os dentes faziam ao bater! (acho que já falei sobre estas frases sentidas mas, o facto, é que me marcaram profundamente pelo seu sentido e pela emoção contida...)
Vá de retro oh Satanás!
Este texto sentido e humilde, é a minha homenagem para si e para todas as gentes simples, trabalhadoras, que tiveram muito menos possibilidades do que eu para tentar alcançar e construir um Mundo melhor.
Do fundo do coração, Sr. Manel, espero que o Tempo corra a seu favor e que o deixe caminhar até ao além, em Paz e sem grandes sofrimentos!
O olhar desta foto é do nosso recente Natal de 2012!
Abraço meigo!
Beijos,
da Princesa!
