Uma mulher como tantas outras...

Hoje impus a mim mesma tratar de uma série de coisas banais que deixei pendentes antes da viagem de trabalho, à Alemanha: cancelar a assinatura de uma placa 3G que já não me faz falta, fazer compras básicas de supermercado, perceber as tendências de Outono/Inverno que por aí estão a chegar...
Futilidades, ... como diria a minha querida Vanessa, eheheh...
Dei por mim a olhar em redor (antigas manias minhas herdadas da Licenciatura de Sociologia) e vi um montão de mulheres por ali andavam perdidas, atracadas aos filhos e a mandar vir com eles.
Pior seria talvez ficarem fechadas em casa, a servir uma ou várias cervejinhas ao marido, enquanto ele via o futebol, com os penantes em cima da mesinha da sala.
- Miguel, despacha-te!
- Joana, sai daí!
- João, não te volto a avisar!
- Maria, já p'ráqui!
- Sara, tu levas uma palmada, não tarda!
- Bruno, não te digo mais vez nenhuma!
Bamboleando as ancas largas, atulhadas de Mcdonalds aos quilos, para conseguirem juntar os "bonecos" e os "jogos" para dar aos putos, iam atravessando à vez o parque de estacionamento, do Centro Comercial.
Paralisada e, ao mesmo tempo em pânico, senti-me
"uma mulher como tantas outras" (e eu a pensar que era especial)
mas,... com muito menos largura de anca e menos celulite nas pernas e, acima de tudo, cheia de vontade de ser diferente.
Verdade, verdadinha, é que também eu tinha ido ao Centro Comercial, este Sábado à tarde, a pensar que era mesmo necessário.
Não se assustem os meus seguidores habituais, pois não estou a entrar em depressão, nem me sinto em baixo de forma, a verdade é que sou mesmo...
"uma mulher como tantas outras!"
Juro que foi o que vi e senti, pelo menos hoje, ali para as bandas do Cascais Shopping.

Beijos,
da Princesa!