Tuesday, March 22, 2011

Roger Waters and "The Wall", live in Lisbon, 2011































Fotos: publicadas na "Blitz"

Foi lindo de ver a mistura de gerações no concerto de ontem no Pavilhão Atlântico. Pais, filhos, tias e sobrinhos (como moi meme), cantando juntos e vibrando com as mesmas canções.
Roger Waters, quase a rondar os setenta anos, mantem uma voz fabulosa e actuou com uma energia brutal, demontrando uma forma física invejável.
The Wall, um dos álbuns de rock mais emblemáticos de sempre, é razão suficientemente forte para explicar a minha estóica presença na fila para a plateia desde as 18:15, a minha sandes de salmão e a minha banana, comidas por volta das 19:00, bem como o tempo de espera já dentro do Pavilhão, até à hora de arranque do concerto, 21:00.
Um palco estruturado e pensado à volta da ambiência do duplo albúm The Wall e das ideias e ideais polémicos, associados à sua génese.
Os efeitos especiais e a produção de palco são quase impossíveis de descrever.
A ideia do muro que foi crescendo ao longo do espectáculo, como suporte à projeção das imagens e nomes de muitos que morreram, em diferentes guerras e conflitos, tempos e lugares, tem tanto de deslumbrante como de comovente. Os nomes e as caras daqueles homens, mulheres e crianças, activistas, soldados, civis... estavam simplesmente ali para nos lembrar que a guerra é cruel, seja ela física ou psicológica.
É muito difícial escolher os momentos mais marcantes mas talvez possa eleger alguns: logo no final da primeira música quando um avião, réplica de um bombardeiro alemão da II Guerra, sobrevoa a plateia e se despenha contra um dos lados do muro e se incendeia, quando o fantoche gigante que encarna o professor do tema "Another Brick In The Wall" interage com o coro infantil em palco, quando o palco rebenta em luz e côr ao som das explosões de fogo, quando o muro parece mover-se na nossa direcção para nos esmagar, quando, quando, quando...
Uma viagem alucinante, conduzida por Roger Waters e suportada por uma banda excelente, muito em especial pelo seu segunda voz e por um baixo do outro Mundo.
E entre "Another Brick In The Wall", “Mother” e "Run Like Hell", venha o Diabo e escolha, … impossível esquecer algum dia que ontem estive ali, acompanhada do meu querido sobrinho Gui.
Simplesmente, breathless and unforgetable!
I agree with you Mr. Roger Waters! We don’t need no tough control…

Beijos,
da Princesa

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