Tuesday, June 08, 2010

Diário de uma Princesa, em terras germânicas (7)

Autor das Fotos: Norbert
































Este não era o meu projecto...
E para terminar em beleza este fim de semana alemão, fui visitar a pequena cidade de Rothenburg, cumprindo o meu papel de turista “acidental”.
O Nobert fez de Guia “a rigor”!
Com 30ºC lá fora, um dia lindo de morrer e um Sol fabuloso, lá fui eu acompanhada de guia privado, que conduzia o Mercedes metalizado descapotável mas,... sem boné, claro!
Eu encarnei o papel de verdadeira turista, quase Japonesa.
Fui admirando a beleza da paisagem, onde o verde sobressaía e, como é óbvio, a carregar o condutor “daquela máquina”, com perguntas sem fim.
Rothenburg é uma pequena cidade, com um toque medieval ainda muito presente. Muralhas, castelo, igreja, ruas empedradas, brasões e símbolos medievais por tudo quanto é lado e, curiosamente, carregadinha de Japoneses, eh, eh, eh... cada um com a sua bela camera fotográfica de grandes angulares.
Claro que aqui a lusa nunca leva máquina (apenas a miserável câmara do telemóvel fatela) mas, o amigo Norbert não brinca em serviço e mete inveja a qualquer Japonês que se preze.
Depois de uma volta pelas ruas da cidade entrei na mais linda loja de artigos de Natal que vi até hoje. Por minha vontade tinha trazido o triplo das coisas mas contive o Desejo, os Euros e lembrei-me que o espaço livre na mala de viagem era exíguo.
Mesmo assim estiquei-me um pouquinho e hoje de manhã tive de me sentar em cima da dita cuja, para acamar o conteúdo não quebrável.
Agora passemos à frente das novidades decorativas que, na sua maioria, vão ficar na minha cozinha para vocês verem um dia destes. Para além disso, o meu querido amigo tirou duas fotos para imortalizar a minha cestinha de compras e o ambiente circundante.
Um pouco antes de sair da cidade, o Norbert desafiou-me a tirar as últimas fotos e claro que fiz questão de imitar as japonesas, já que também ali estava como turista.
Não me fiz rogada e abracei o meu “maior” e mais recente admirador alemão que, no mínimo tinha 1,80m, como podem avaliar pela foto. Ganda urso, mal sabia ele que eu ia publicar a foto!
Um almoço “light” no restaurante dos pais do Markus fechou o ciclo da manhã, que até já era mais “tarde”.
Mas, muito sinceramente, a última noite é que acabou por ser o delírio.
Combinámos um jantar leve em casa do Norbert e o Markus propôs levar umas douradinhas para grelhar no carvão. O acompanhamento seria simples, uns belos legumes grelhados e uma bela salada fresca.
Aceite por unanimidade!
Eu e o Norbert fomos preparando as saladas e os legumos para grelhar e marcámos às 18:30 para o Markus e a Alexandra chegarem com o peixe.
Bom, como todo o verdadeiro alemão, o Norbert começou cedo a tratar do carvão, cerca das 18:15 mas, passaram as 30, as 45, as 00, as 15 de novo e... de repente, às 19:30, eis que chega o peixe,... de bicicleta.
Da geladeira saltou um primeiro saco com vários peixinhos congelados e um segundo a que chamaram lulas mas, eram choquinhos...
O Norbert ficou sem pinga de sange quando eu disse:
- Mas não podemos grelhar peixe congelado!
- Então e se pusermos em água quente? Sugeriu o Markus.
- Água quente, nem pensar! O peixe desfaz-se todo na grelha, disse eu, convicta.
Gargalhada e pânico geral, eh, eh, eh...
- No problem my friends! Fazem-se os choquinhos. Eu trato disso.
Os alemães suspiraram de alívio e a brasileira que já conhece o improviso luso, relaxou e foi fazer os mujitos.
O carvão já estava sem brasa mas, a tuga foi busca uns pauzinhos secos, meteu-se uma nova acendalha e a coisa compôs-se passados uns dez minutos.
A salada estava um espectáculo e os pimentos, os cogumelos, as courgetes e os choquinhos grelhados, um espanto! Cobriu-se tudo com cebola picada e coentros, azeite e vinagre balsâmico, flor de sal e pimenta em grão.
A acompanhar, um belo vinho branco da Adega Regional “Norbert”.
Tiraram-se fotografias ao repasto, à equipa “Desenrasca” que ateou o carvão com um abanico improvisado (um jornal alemão do dia que ficou em muito mau estado) mas o jantar foi um sucesso e uma risota pegada.
De repente veio o vento e a chuva forte, não se sabe bem de onde que obrigou a malta a recolher ao conforto do interior, onde se tomou o café e o digestivo.
Uma verdadeira aventura que ainda serviu de diversão e tema de conversa, ao pequeno almoço de hoje.
Não é por nada mas, senti-me como aquele boneco do cartoon do homenzinho que está dentro da redoma de vidro com uma etiqueta a dizer “Português”.
Na parte exterior da redoma está colocado um pequeno cartaz que diz “Quebrar, em caso de emergência.”
É bom ter amigos, em qualquer parte do Mundo, em qualquer lugar...
Este não era o meu projecto! Disse o Markus!
Até breve amigos!

Beijos,
da Princesa (e também parceira e elemento fulcral da equipa Luso-Germânica... “Desenrasca”)

1 comment:

Anónimo said...

...estou roxa com tanta inveja ...