A Crise...

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Autor: Nuno Silva

Independente dos factos reais desta crise que se agudizou desde o colapso financeiro do "Lemon Brothers", em Setembro de 2008, temos que ter um discurso diferente, isto é positivo, senhores e senhoras políticos e governantes.
Temos que arregaçar as mangas? OK!
Temos que prescindir de alguns por cento do nosso salário? OK!
Temos que deixar de pedir empréstimos para ir de férias e comprar carros muito acima das nossas possibilidades? OK!
Temos que nos habituar a desperdiçar menos? OK!
Temos que ser moderados no consumo? OK!
Perfeito, mas esta é uma tarefa de todos, principalmente dos políticos e dos governantes que deverão dar o exemplo em primeiro lugar e estar atentos aos gastos e desperdícios constantes da Administração Pública.
Mais do que nunca temos que dinamizar o consumo de produtos nacionais, produzidos e manufacturados em Portugal.
A frota automóvel da Administração Pública deveria ser um exemplo disso, senhores governantes e gestores públicos.
Querem usar roupas giras? Comprem Sacoor Brothers em vez de Boss.
Quer usar sapatos à maneira? Comprem Hera em vez de Armani.
Querem oferecer uns jeans ao filho, comprem Salsa em vez Dolce e Gabana.
Etc., etc., etc....
Acima de tudo temos que ver o lado positivo da economia e enaltecer os casos de sucesso de empresas portuguesas, cujas presenças no país e além fronteiras são exemplos da boa gestão e de como gerar riqueza nacional, cá dentro e lá fora.
Devemos acreditar que somos capazes pois temos centenas de exemplos de sucesso a provar isso na Industria, na Investigação, nos Serviços, na Medicina. Há que deixar, urgentemente, o discurso deprimente na gaveta e partir para a luta de forma positiva.
É proibido deprimir os portugueses!
É proibido fazer-nos sentir pequenos e incapazes!
É proibido fazer-nos sentir na mó de baixo!
E sobretudo, é fundamental que todos nós apostemos nos verdadeiros valores da Vida, na afectividade, na solidariedade, na simplicidade das relações humanas, na utilização dos meios tecnológicos q.b. e à medida das nossas necessidades.
Dar umas belas gargalhadas cara a cara ou um abraço apertado é muito melhor que enviar smiles por sms, ver um filme no cinema tem muito mais graça que fazer um download da Internet, abraçar um livro ou um disco, tem muito mais valor que passar o texto e a imagem para o i-Pad e a grande vantagem é que estamos a dinamizar a economia e a aumentar a qualidade dos nosso afectos.

Beijos,
da Princesa