Saturday, January 10, 2009

Cervejas, 10 anos depois...




Hoje eu, o Fernando e a Elsinha fomos a um daqueles almoços de confraternização a que já não íamos à bué, bué, bué...
A grande maioria dos presentes eram ex-trabalhadores da Sociedade Central de Cervejas que já saíram há mais ou há menos tempo (eu saí há dez anos), à excepção de uns 3 ou 4 que ainda por lá andam a chatear o peneiroso do Alberto da Ponte, eh, eh...
Não é tanto pelas ementas, nem pelos vinhos ou pelos doces que se servem, é acima de tudo pela conversa e pelas recordações das vidas laborais anteriores.
Escusado será dizer que chegamos sempre à mesma conclusão... divertíamo-nos à brava nos velhos tempos de juventude trabalhadora e a brincar, a brincar, já lá vão uns bons 20 ou 30 aninhos!
- Lembras-te da B da limpeza que tinha uma filha muita boa?
- Eh, eh, claro que lembro! Dizia o MSC.
- A gaja era podre de boa mas, era maluca e a mãe não lhe ficava atrás!
- Cala-te F, não digas essas baboseiras. Não vais mudar nunca.
- Então e o CS que às vezes chegava ao trabalho a meio do turno da noite, às 2 ou 3 da manhã e dizia, 'a minha mulher não me queria lá em casa, esta noite'.
- Ena, pois é! A gaja já lhe metia os cornos nessa altura (gargalhada geral).
- E ficava para ali a dormir na sala dos operadores do centro informático... coitado!
- Ena pá, era um cheiro a chola quando o gajo tirava os sapatos. Xiiiiiii....
- Então e a mulher mais linda da Central de Cervejas? Como está a minha querida? Deixe-me aproveitar para a beijar enquanto ele não está a ver...
- Bem J! Muito bem! (sorriso)
Engraçado, quando olho em volta e me apercebo como as 'artereos' nos foram atacando a todos... uns mais, outros menos, todos têm a sua dose. Desde as rugas, cabelos brancos, barrigas proeminentes, gorduras deslocalizadas, dores nos artelhos ou nas costas, óculos, peles a mais ou a menos, havia um pouco de tudo à escolha.
Uns poucos impressionaram-me pelo que o lado mais negativo da vida revelava nos rostos, corpos e trejeitos. Estão lá estampadas as duras pinceladas e muitos dos azedumes contidos e ainda vividos.
Outros encantaram-me pelo bom aspecto físico e pela forma mais sábia com que foram enfrentando os bons e os maus momentos, mantendo viva uma chama, uma alegria e uma energia bem positivas.
Uma coisa é certa, uns já partiram mas os cinquenta que por ali circularam hoje tudo leva a crer que ainda estarão por cá, muito tempo.
Eu, cá por mim, gostei de estar por ali... viva, feliz e rodeada de quem gosto.
Beijos,
da Princesa

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