Tuesday, November 21, 2006

Voltar às histórias de infância


Voltemos às histórias de encantar neste espaço de princesas e contos de fadas. As solicitações do dia a dia são tantas e os temas tão variados que nos esquecemos do espaço de magia.
Hoje vieram-me à memória os Natais e os presentes da minha infância, talvez porque a minha mãe não se encontra muito bem. O mais engraçado é que não me lembro do ritual da ceia de 24 de Dezembro mas, lembro-me perfeitamente, de acordar de manhã e ir directinha à chaminé para abrir o presente. Sim, sim, leram correctamente: o presente (e não os presentes).
Tanto eu como o meu irmão só tínhamos direito a um presente. Lembro-me que num ano tive uma boneca preta de plástico e acheia-a muito engraçada. Certamente, influências da Guerra do Ultramar…Agora parece-me estranho como apenas um brinquedo conseguia integrar toda a magia dos presentes de Natal.
Penso que estávamos no ano de 1962. Entretanto, saí de Lisboa para ir morar na periferia.
Beijos, da Princesa

2 comments:

zmsantos said...

Eu também sou do tempo desses Natais.Mais austéros, menos exuberantes mas também mais marcantes.

Feliz Natal!

Cravo a Canela said...

Bom, cabe-me aqui representar o papel intermédio. Um tempo menos austero que o vosso, mas claramente menos exuberante e abundante que o presente. Embora, felizmente, nunca tenha passado necessidades, o Natal significava, para além de tudo o resto, o recebimento de uma prenda especial. Uma só, que ia escolhendo com todo o cuidado nos anúncios que invadiam a TV em Dezembro. Não havia Playstation, nem computador, nem carros e motas eléctricos do meu tamanho. Mas havia carrinhos pequenos, pistas de automóveis, de comboios, Subbuteo, Monopólio, coisas que na sua devida proporção nos impulsionava a imaginação e nos conduzia a verdadeiros mundos virtuais. Mas com a grande diferença que quem desenhava os cenários, construía os protagonistas e decidia o fim da história éramos nós!
Não havia a prenda do pai, da mãe, do tio, do outro tio, a super-prenda dos avós maternos, a hiper-prenda dos avós paternos, etc., etc.
Só havia uma, dava trabalho a escolher, mas era recebida como um verdadeiro tesouro! Ah, e eu sabia bem que não era o Pai Natal que a deixava lá...